Autora: Gleyciane Prata
A área cultural foi uma das primeiras afetadas, mesmo assim não deixou de cumprir seu papel que é passar a leveza do riso, da harmonia, da conexão, pelo menos fica evidente a tentativa.
Nesse momento de pandemia que vivemos, principalmente no começo, todos nós passamos por momentos ruins, na forma geral há muitas pessoas preocupadas, angustiadas, sem ter motivação por todo lado, e medo de perder suas pessoas é um dos principais motivos de desespero.
Mas aí nesse espaço de tempo, quais são as motivações que recebemos para absorver a arte? quais são as probabilidade de uma pessoa prestar atenção nas letras e melodias de uma música? de olhar um livro de poesia e mergulhar nas letras? a grande maioria tá só preocupado com o dia de amanhã, só isso, mas alguém precisava mostrar para o mundo que a cultura poderia nos abraçar nesse período e nos deixar um pouco mais aliviados, foi aí que os artistas entraram em ação mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, os problemas foram para bolso artístico.
Agora imagine aí como seria passar pela pandemia sem distrações, já que precisamos ficar esse tempo mais distanciados em casa sem contato com a rua, Imaginou? Agora Imagine ter de ficar sem aquela playlist preferida em nosso celular, Imagine o quanto seria chato se não tivesse várias lives de shows com vários ritmos, ficar sem assistir séries e tudo mais, como viveríamos só à base de notícias ruins? Eu sei que o mundo ainda está um caos, mas nada impede de vivermos a cultura.
Cultura, amiga da saúde mental: A cultura muito contribuiu para a nossa saúde mental, pois cuidar da mente não é só ir fazer terapia, mas também é investir na área da beleza, busca pela prática de exercícios, é ter relacionamentos saudáveis, atividades variadas, e fazer arte é uma das maneiras de praticar o autocuidado. Conforme seguimos as recomendações, metade de tudo isso está meio que restrito, mas a boa notícia é que a arte não nos limita e conseguimos ir além da prática da artererapia, ao invés de nos restringir ela nos liberta dentro do isolamento, nos eleva ao bem-estar, até então há muitas ofertas de cursos, filmes especiais gratuitos, abertura de biblioteca virtual, apresentações de teatro on-line, etc.
Nos ajudou a entender o modo de nos comunicar com o outro, pois através da cultura podemos nos expressar de infinitas maneiras demonstrando solidariedade, carinho e empatia. Óbvio que a arte também nos permite mostrar a tristeza, há pessoas que só conseguem expressar pela arte, mas não deixa de nos dar lição de que de todas as formas busca nos ajudar do interno para o externo. Também nos ensinou que dá para fazer ações sociais, reivindicações, representações tudo através da cultura.
E o que nos chama atenção além dessas modalidades, é que também há sempre troca de receitas regionais em datas comemorativas para evitar aglomeração, que não deixa de ser aprendizado de tradição cultural. É o ensino do compartilhamento.
Antes da pandemia, a grande maioria das pessoas que trabalham com arte não tinham entendimento das atividades via on-line, mas ao aparecer a pandemia todos tiveram que se reinventar para sobreviver, o ser humano tem esse poder do comportamento de adaptação.
Com o passar dos dias, notou-se que não ia ser fácil e nem que ia passar rápido esse período, então buscou-se o foco da economia criativa que o propósito seria trazer inovação, tecnologia através da cultura. Economia criativa são negócios ligados a criatividade que geram impacto na economia positivamente, ou seja, tudo que é criado e gera lucro, temos como exemplo a arte da moda , design, artesanato, é a conexão de talentos. O empreendedor buscou se estruturar através do MEI para melhor atender seus clientes, mesmo que não servindo presencialmente.
A reinvenção não veio só para o artista que trabalha diretamente com a arte, mas para aqueles que também são técnicos de sons, ajudantes de palcos, auxiliares no geral.
Todos os momentos da nossa vida precisamos tirar lições de vida, seja nos momentos bons e ruins, durante a pandemia que estamos passando não seria diferente, mas ainda bem que temos a arte como aliada do bem.