Autor: Emerson Barbosa
O anúncio de uma prisão, que por enquanto não tem nome e nenhuma identidade, pelo menos vem sendo assim tratada a detenção de um suspeito na morte do indígena Ari Uru-Eu-Wau-Wau, em 2020. Esta semana a Polícia Federal (PF) trouxe a prisão de um homem que estaria envolvido na morte de Ari. Segundo apurou a redação do News Rondônia, o acusado já seguia preso preventivamente.
O Ministério Público Federal (MPF-RO) declara que a instituição contou com um papel importante na elucidação do caso Ari, alegando que desde “as primeiras horas do crime”, o órgão tem estado participativo. Com os trabalhos sendo destacados para a esfera federal, a instituição passou atuar, inclusive com meios investigativos que se destacam, “interceptações via telefone, oitivas, produção de laudos técnicos, entre outros”.
O procurador da República, Reginaldo Pereira da Trindade explica que o próximo passo será “o esvaziamento do inquérito policial buscando oferecer acusação contra os envolvidos”.
Ari Uru-Eu-Wau-Wau foi encontrado morto as margens de uma estradinha de chão, na divisa dos municípios de Jaru e Governador Jorge Teixeira, no centro-oeste do estado. Hematomas na cabeça de Ari indicam morte por espancamento.
Familiares do indígena não tinha dúvida da ação criminosa, inclusive, um depoimento da Polícia Federal esclarece que o guardião da Terra ‘Sete de Setembro’ foi “drogado com alguma substancia” e morto violentamente. Além disso, a vítima não teria sido ‘assassinada’ no local em que foi encontrada, o cenário teria sido apenas um álibi para despistar as investigações. Até então, a polícia de Jaru tratava o caso como “morte indefinida”.
Porém, para a família muito ainda precisa ser esclarecido, como por exemplo o motivo que levou ao assassinato já que Ari pertencia a um grupo de indígenas com atuação direta na fiscalização da própria terra e com embates diretos com grileiros, madeireiros e pistoleiros.