Autor – Redação News Rondônia
Um garoto de 14 anos identificado como Kaique Silva está há oito anos aguardando na fila por cirurgia no coração em Ji-Paraná, interior do estado de Rondônia. O menino foi diagnosticado aos 6 anos de idade com miocardiopatia hipertrófica, doença em que os músculos cardíacos ficam anormalmente espessos, causando falta de ar, dor e arritmias cardíacas.
A mãe, Elisangela Silva, disse que o filho não pode brincar na rua, jogar futebol ou fazer qualquer tipo de esforço físico, devido, a doença. A mesma ainda afirmou que precisa ficar constantemente atenta à saúde do filho, até mesmo durante o momento de sono.
"Eu entro no quarto dele à noite, vejo a respiração, percebo que ele está respirando tranquilo então volto a deitar", explica a mãe.
O menino teve três paradas cardíacas, na qual, a primeira ocorreu quando o mesmo tinha 6 meses. Elisangela afirmou que no primeiro fato acordou durante a madrugada e percebeu que o seu filho estava com a boca roxa, quase sem respiração, entretanto, ao levar ao médico, os profissionais da saúde disseram que o garoto estava com bronquite, mas a família continuou observando o filho.
Quando o garoto estava com seus 6 anos, a avó, Maria Pereira da Silva, que também sofria com arritmias, percebeu que o coração da criança batia com velocidade muito acelerada, igual ao dela. Diante disso, levaram a criança ao cardiologista, onde foi diagnosticado com miocardiopatia hipertrófica.
A mãe e filho viajaram até Fortaleza, onde o garoto passou por uma cirurgia para colocar um aparelho no peito que ajuda a prevenir as paradas cardíacas, entretanto, isso é uma medida paliativa, em vista, que o menino ainda precisa da cirurgia definitiva, na qual, espera há oito anos na fila para a cirurgia.
O QUE É MIOCARDIOPATIA HIPERTRÓFICA
Miocardiopatia hipertrófica é um a doença congênita ou adquirida caracterizada por intensa sobrecarga ventricular, com disfunção diastólica, mas sem aumento da pós-carga. Os sintomas incluem dor torácica, dispneia, síncope e morte súbita. Tipicamente, há sopro sistólico, intensificado pela manobra de Valsalva, no tipo hipertrófico obstrutivo. Efetua-se o diagnóstico por ecocardiografia ou RM cardíaca. O tratamento consiste na prescrição de betabloqueadores, disopiramida e, às vezes, redução química ou remoção cirúrgica da obstrução da via de saída.