O aumento expressivo de casos do novo coronavírus (SarS-CoV-2) e mortes pela Covid-19 tem feito acender o sinal de alerta em Rondônia. Na segunda-feira (22) o boletim epidemiológico emitido pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) trouxe onze novas mortes naquele dia, um aumento exponencial levando em conta a queda verificada na primeira quinzena quando Rondônia configurou entre as 18 federações que obtiveram queda na taxa de letalidade.
Com o índice acompanha uma nova preocupação para as autoridades de saúde, o temor de uma possível 4ª onda de infecções pelo novo coronavírus. Os novos registros das infecções e as mortes apontam para um problema que recai na população que tem insistido em não tomar a vacina, simplesmente porque decidiu ir contra a própria saúde.
Na semana em que houve as mortes, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) lançou um comunicado, nele um chamamento coletivo para que as pessoas que não tivesse tomado a vacina ou aquelas que estão com o esquema atrasado buscassem o mais rápido possível as unidades de saúde nos municípios.
Além do mais, foi constado pela Agevisa/RO, que das 11 pessoas que morreram pela Covid-19, sete delas não tinham se vacinado, duas estavam apenas com a segunda dose e tinha comorbidades. Do dia 04 até a quarta-feira (24) de novembro, 57 pessoas perderam a vida só neste período para a Covid-19 no estado.
O rápido número de infeções pelo novo coronavírus tem feito os órgãos públicos se unirem com foco em buscar uma resposta das ações implementadas pelo governo. As entidades cobram do Estado a “flexibilização” das medidas de distanciamento social que caíram ultimamente. O aumento também está atrelado cepa Delta mais letal e com maior contaminação entre as pessoas.
Para piorar, este mês um Projeto de Lei foi aprovado por sete parlamentares da Assembleia Legislativa (ALE-RO). O PL quer impedir a cobrança do chamado passaporte da vacina em lugares que possam ser uma célula para as aglomerações.
Diante do cenário atual, especialistas esperam bom senso do chefe do executivo estadual para que vete o documento. Também neste mês o prefeito Hildon Chaves (PSDB) flexibilizou o uso de máscaras na capital em locais públicos. Entidades como a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam a utilização do utensílio como forma de ajudar na prevenção. Especialistas ouvidos pelo jornalismo do News Rondônia acreditam que “esse não seja o momento ideal para incitar ainda mais a população a ir contra as regras de saúde pública”.
Os grandes eventos que vem sendo realizados pelo Brasil não permitem a participação de pessoas que não estejam vacinadas. É o caso do cantor Gustavo Lima que tem show marcado no próximo dia 03 de dezembro em Porto Velho.
O músico proíbe a entrada nos seus shows de indivíduos que não estiverem imunizados e testados. O escritório do cantor confirmou a informação. Além disso, os organizadores locais declararam que para a entrada é necessária a comprovação da segunda dose, o passaporte será conferido na portaria do evento.
A vacina
Especialistas não discordam que as vacinas são ingredientes poderosos, mas a população precisa colaborar e fazer sua parte como integrante principal na luta que não acabou.
Até o início deste mês, 66 mil pessoas em Porto Velho não haviam se quer tomado a primeira dose dos imunizantes. É o que revelou levantamento da Secretaria Estadual de Saúde. Quando a soma engloba o estado a proporção é assustadora, são mais de 350 mil pessoas sem a vacina. Segundo o titular da Sesau Fernando Máximo, “muitos necessitam já da 3ª dose de reforço”.