Levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) constatou aumento da pobreza no primeiro trimestre de 2019 a janeiro de 2021 em 24 das 27 unidades federativas brasileiras. O aumento estaria ligado às consequências em virtude da pandemia da Covid-19 e a subida da inflação.
No estado de Rondônia, a parcela de pobres saltou de 27,8% em 2019 para 31,0% em 2021, o que representa 3,2% no patamar nacional. O registro aponta apenas o Acre com (-0,4%) de redução da pobreza. Na prática foi o único estado que não registrou uma variação inferior aos demais. Além do Acre, o Pará (45,9%) e o Tocantins (35,7%) não apresentaram expansão da pobreza.
De acordo com o Jornal Valor econômica, a media da população pobre no Brasil passou de 25,2% no primeiro trimestre de 2019 para 29,5% em janeiro deste ano. Já a pobreza extrema, (onde estão aquelas pessoas que vivem com apenas R$ 89,00) mensais, o crescimento avançou em 18 dos 27 estados, saltando de 6,1% da população brasileira no primeiro trimestre de 2019 para 9,6% em janeiro de 2021.
De acordo com o estudo, a pobreza e a pobreza extrema vão permanecer em níveis elevados que os verificados antes da pandemia, principalmente com o fim dos auxílios emergenciais pelo governo federal. Além disso, pesa no cenário a alta da inflação que tem puxado os rendimentos para baixo.
O estudo levou em conta dados de renda da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e da Pnad Covid-19, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Banco Mundial classifica a pobreza, com renda per capita de R$ 450 mensais.