Santa Catarina teve mais uma queda de meteoro. O fenômeno foi na quinta-feira (8) e registrado por duas câmeras na estação de monitoramento estação de monitoramento de Monte Castelo, no Norte catarinense, do astrônomo amador Jocimar Justino. A Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) estimou a velocidade em 50.000 km/h. Contudo, realiza mais análises.
"O brilho foi mais intenso por se tratar de um meteoroide de tamanho maior do que estamos acostumados a ver. Deve ter sido do tamanho de uma bola de basquete… Mas outros fatores influenciam como a velocidade do objeto [para o brilho]", disse o astrônomo amador.
O registro aconteceu por volta das 18h40 e teve duração de cerca de 7 segundos. A passagem do meteoro foi captada, segundo Jocimar, por câmaras no Rio Grande do Sul e São Paulo. No estado catarinense, pessoas nas cidades de Florianópolis e Morro Grande, no Sul, também avistaram o fenômeno.
"Pela análise preliminar, trata-se de um meteoro esporádico (que não pertence a nenhuma chuva de meteoros catalogada até o momento)", explicou.
O astrônomo amador Jocimar Justino é morador de Santa Catarina e integrante da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon). Ele já registrou fenômenos parecidos neste ano.
Brilho
O astrônomo amador afirma que durante a noite de quinta recebeu vários relatos sobre o passagem do fenômeno. Em razão da forte luminosidade do meteoro, algumas pessoas fizeram referência ao mito folclórico do Boitatá. A lenda do Boitatá descreve esse personagem como uma grande serpente de fogo.
"Algumas pessoas comentaram brincando que haviam visto o Boitatá e perguntando se eu tinha registrado aqui nas câmeras", divertiu-se Jocimar
Outras pessoas, que testemunharam o fenômeno ao vivo, questionaram ele sobre a mudança de cor que o meteoro sofreu ao longo da passagem.
"Algumas pessoas relataram que ele [o meteoro] mudou de cor algumas vezes. Ficou amarelo, vermelho, azul e também verde. Isso é normal. A mudança de cores acontece de acordo com a camada da atmosfera que o asteroide passa, devido a concentração e tipo de gás que existe ali", concluiu o astrônomo.