Canutama, Sul do AM – 'Não adianta ter lei ambiental forte se cumprimento é fraco', esse pensamento foi feito, nesta quinta-feira (25), por lideranças rurais, agrárias, ambientais e indígenas amazonenses ao repercutirem a fala do governador do Estado do Mato Grosso, no caso do avanço de crimes ambientais na Amazônia.
Segundo o conteúdo das declarações, os nativos se referem ao avanço dos desmatamentos, não sóem biomas de Áreas de Proteção Ambiental (APAs), como Reservas Extrativistas do Sul do Estado. No rol da cobiça de madeireiros, fazendeiros e grileiros vindos do lado rondoniense, 'nem os assentamentos escampam da ousadia dos invasores', afirma a Assistente Social, Francisca da Silva, 57, filha de soldado da borracha.
Ela, aponta em estudo independente, que, 'só no Sul do Amazonas, ao menos 2/3 (Dois Terços) de florestas tropicais já vieram a baixo nas barbas do IBAMA, IPAAM e ICM-Bio so Amazonas'. Esses órgãos, sediados em Humaitá, a 200 quilômetros da Capital rondoniense, 'sótem permitido a extinção das florestas e em nada se manifestam para conter crimes ambientais.
Até aqui, ao que se sabe, entre as divisas dos distritos de Nova Califórnia, Extrema, Vista Alegre do Abunã e na região da Reserva Mapiguari e Campos Amazônicos, mais ao Sul de Lábrea e Canutama, em direção à Humaitá, 'pelo menos 50 quilômetros das fundiárias já foram devastadas por invasores sulistas seriam ligados, sobretudo, ao maior desmatador de florestas do País, Chaule Pozzebom', apontam nativos locais.
A maior parte dos braços criminosos que atuam no setor ilegal madeireiro vinculado ao empresário paranaense, segundo estatísticas extra-oficiais, 'estão dentro de terras públicas da União no Sul e Oeste do Amazonas e de Rondônia. À frente das extrações ilegais, nos municípios de Canutama, Labrea, Humaitá, Apui e Manicoré, revendedoras de madeira em Porto Velho em Manaus.
Em grande da região dos Campos Amazônicos, inclusa também nesse bioma, mais de um torço das comunidades ribeirinhas e tradicionais do baixo rio Madeira, é nos municípios de Canutama e Labrea que a atuação de extração ilegal de madeiras (Angelim Pedra, Castanheira, Rouxinho, Cedo, Cedriho, Garapeira, Cerejeira, Mogno e outras espécies nobres da fauna regional amazonense), 'que o grupo de Chaule Pozzebom ainda atua sem ser incomodado pelas autoridades amazonense ' –mesmo em prisão federal, em Campo Grande (MS).
Atuando por mais de duas décadas quase impunes, invasores vindos de vários pontos do País, certamente, não encontram resistência dos órgãos de controle no lado amazonense 'a avançam rumo ao fortalecimento do mercado clandestino de madeira e essências naturais (Andiroba, Copaíba, mel, flores etc)', admitem familiares e amigos dos trabalhadores rurais assassinados no entorno da ex-Fazenda Shalon, no quilômetro 56, da BR-319.
Por conta e risco dos sobreviventes da chacina ocorrida em 2017, cujos mandantes ainda não foram presos e podem está em São Paulo – os corpos nunca foram encontrados. Relatório apontando endereços de empresas que financiam mateiros, serradores e a suposta pistolagem em crimes de mando no Sul do Amazonas, a partir dos quilômetros 04, 13, 17, 22, 30, 33, 36, 42, 56, 58 ao 114 da BR-319, será entregue aos senadores amazonenses, Omar Aziz (PSD), Eduardo Braga (MDB) e Plínio Valério (PSDB), ainda nesta semana.
No documento, em cópia autêntica, serárepassado ao Ministério Público Federal (RO-AM), Justiça Federal (AM) e ao Departamento Nacional da Policia (DF) para que prováveis suspeitos travestidos de vaqueiros, seguranças (guaxebas), madeireiros, toreiros, sojicultores e outros estereótipos sejam investigados. Na lista, também, serão inclusos políticos, empresários, advogados, engenheiros (ambientais e florestais) e gestores públicos investigados durante a Operação Pau-Ôco, no lado rondoniense.
O relatório a ser enviado nesta sexta-feira (26), além dos senadores, será entregue, também, aos deputados federais da bancada amazonense José Ricardo, Delegado Pablo, Átila Lins, Bosco Saraiva, Silas Câmara, Capitão Alberto Neto, Sidney Leite e Marcelo Ramos. Ao governador Wilson Lima, o documento será entregue, pessoalmente, com a viagem de dirigentes da maioria das entidades de caráter rural que atuam no Sul do Amazonas.
– As recomendações, com pedido de investigação federal, atinge ainda em cheio os membros da alta cúpula da Unidade do INCRA (Humaitá) e de órgãos de fiscalização ambiental destacados àessa região mais distante do Amazonas, garantiram interlocutores do Projeto de Assentamento São Francisco.