“A decisão do STF prejudica os consumidores que acabarão pagando mais pelo DPVAT. É o que tenho dito com alguma frequência: juristas precisam urgentemente aprender a fazer conta e pensar nas consequências decisórias.” – Luciano Timm, Secretaria Nacional do Consumidor
1-Queimadas, incêndios, intolerância e pirotecnia!
2019. Ano das queimadas na Amazônia, Portugal, EUA e Austrália, mas foi aqui e o Brasil foi surrado até abaixo da linha da cintura e com alguma razão. O humor discutível da Porta dos Fundos foi batizado com o fogo do “Nero brazuca” que verteu seu ódio integral com coquetéis molotov sob a capa da intolerância, pensando em tirar o Cristo da direita de Deus Pai para a direita política.
O “Véio da Havan” disse que símbolo de consumo sumiu na fogueira do terror e 2019 finda, os rojões explodem como em Floripa onde sendo Marcela e Zé Carlos Sá viram a velha ponte Hercilio Luz reaberta com uma queima de fogos para ofuscar as outras do Brasil.
2-Somando para diminuir
Preocupados na Ilha da Fantasia os deputados tramam. Como iludir o eleitor fazendo de conta que trabalham pelo anseio do povo se tal anseio é o contrário do que querem? A PEC sobre a segunda instância já aprovada na CCJ é a pauta e urge a solução que possa ser vendida como a única possível, depois de embolar o meio de campo.
A ideia é fazer uma gororoba imprópria para consumo juntando porco, fígado, rabada, rapadura, pé de frango, cabeça de peixe e traírano tucupi. A PEC vai se inviabilizar e o STF pah! Imaginem votar prisão em segunda instância em ano eleitoral valendo para causas trabalhistas, precatórios, Lavajato e tráfico de drogas. É como somar tudo e “daro beiço” na conta. Bandidagem oficial num acordo para dar errado!
3-Um pouco mais disso
Moro deseja que as penas sejam cumpridas na segunda instância para os processos criminais. É o que mostra o Senado onde 43 dos 81 senadores aprovam a ideia.
O deputado Elmar líder do DEM levanta a lebre: "Hoje, vemos o ministro Sergio Moro defendendo a segunda instância apenas para o processo penal. Fixando-se a tese de que vale para tudo, o governo terá de fazer contas. A AGU especializou-se em procrastinar processos para adiar a execução. O governo terá dinheiro para pagar precatórios na segunda instância? Haverá caixa para suportar as derrotas do Estado na área tributária? Esse tipo de processo envolve bilhões." Sua pergunta explicita a safadeza em curso para se jogar tudo no mesmo balaio e empurrar com a barriga.
4-Tocando o terror
A PF e MP do Ceará encontraram no presídio com o chefe da facção criminosa GDE – Guardiões do Estado, Ednal Braz da Silva, o “Siciliano”, um celular com ameaças a autoridades do estado. Ednal de dentro do presídio comandou a maior onda de ataques no ano passado.
Segundo as informações do GAECO, nas mensagens do aparelho há ameaças de atentados e morte contra os secretários da Segurança Pública e da Administração Penitenciária e de outros que atuam combatendo o crime organizado. Temos lei anti-terror mas, o terrorista é uma ficção jurídica que se vê quando os “Ednal” incendeiam ônibus portam fuzis nas ruas e depois recebem penas do CPP, auxílio reclusão, visita íntima e limite de 30 anos de cana. É pouco para os miseráveis.
5-Falando em auxílios…
A nova previdência já nivelou trabalhadores, a Lavajato nivelou bandidos, mas a velha dívida que se atribui ao governo continua nas costas do povo. Muito mais direitos que deveres, salvo o democrático imposto mal administrado. E haja conselhos protetores. Muitos para poucos. A cada novo grupo que reivindica, surge outra “dívida “histórica” que se instala. Etnia, gênero, ideologia, religião, geografia, todos tem seu “direito inalienável”.
Homossexuais, protestantes, nordestinos, índios, esquerdistas, todos comassento na janela do ônibus da delegação. O país sofre para avançar, mas há algo novo no ar. O Brasil prospera sem a mão do estado. É que sem roubo e penduricalhos o empresário se vira. Menos Brasília, menos ministros, menos cargos, menos estado e o país cresce. A Constituição diz que somos iguais em direitos e obrigações? Ôpa… então basta! Que assim seja: sem amarras, sem tetas, sem tretas e sem mutretas!
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