Vale do Jamari, RONDÔNIA – Ao menos dezesseis conhecidos ocupantes considerados ilegais em terras da União, nesta parte do Estado, teriam ficado de fora da Operação Cerne Branco deflagrada nesta quarta-feira (23.10) por órgãos de controle acreditados em Rondônia e região.
Suspeitos de grilarem grandes faixas de terras das mais férteis da União destinadas a novos assentamentos de famílias com Cadastro Único sob a responsabilidade da Superintendência Estadual do INCRA, sobretudo nas áreas contínuas dos Lotes 1 ao 19, do Projeto de Assentamento Flor do Amazonas, em Candeias do Jamari, os suspeitos – têm obtido do Juízo Estadual ganhos de causa em detrimento dos programas de Reforma Agrária e Nacional no âmbito Estadual e Federal.
Dos dezesseis suspeitos de terem sido beneficiados com grande faixas de terras da União, dentro e fora do PA Flor do Amazonas, segundo lista nominal fornecida por uma alta fonte da Divisão de Recursos Fundiários do INCRA, em Brasília, contendo planta cadastral da situação em Candeias do Jamari, figuram, ex-secretário de Estado, médicos, três servidores públicos,empresários – bem como, madeireiros e fazendeiros já implicados em operações da Policia Federal desde o ano 2005 a 2019.
De acordo com a mesma fonte acreditada na Diretoria Executiva de Recursos Fundiários da Superintendência Estadual do INCRA, em Rondônia, – que não teve a identidade revelada, mas que foi preso em fraudes de documentos públicos durante a 'Operação Terra Limpa' da Policia Federal, em 2005 – 'já poderiam estar presos há muito tempo pela Polícia Federal, de conformidade como que consta na Planta Cadastral na Página 84 do documento a que teve acesso este site de notícias. O quadro de identificação das áreas cedidas aos suspeitos de grilarem de terras da União no Vale do Jamari e, especialmente, dentro do PA Flor do Amazonas, Distrito de Triunfo, Vila Nova Samuel, Itapuã do Oeste, Ariquemes e na Estrada do Areia Branca (Porto Velho), nas Glebas Rio Preto, Candeias e Rio das Garças, demonstra que a 'Operação Cerme Branco' poderá desmembrada na tentativa de se desarticular todos ou quase todos os braços da inclusive na tríplice divisa entre os Estados do Acre, Rondônia e Amazonas'.
Sobre o assunto, lideranças agrárias, ambientais, indígenas e quilombolas da Amazônia que atuaram nas audiências públicas promovidas pelo Ministério Público Federal (MPF), em Porto Velho e em Vilhena, neste final de semana, garantiram ao NEWSRONDONIA que, 'encaminharemos um vasto dossiê à Procuradoria Regional da República (PR-Rondônia), com cópia autêntica ao Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Grupo de Atuação e Combate Ao Crime Organizado (GRAECO) e à Polícia Federal'.
O objetivo da demandas a serem apresentadas pelas lideranças às autoridades rondonienses, nessa inicial da 'Operação Cerne Branco', é para que os dezesseis supostos beneficiários com terras que deveriam ser destinadas à continuidade dos planos estaduais e nacionais de reforma agrária no Vale do Jamari e região, sejam incluídos nas investigações conjuntas do GRAECO e Polícia Federal a fim de que sejam desmontados grupos que atuariam em práticas delitivas, homicídios, esbulhos, invasão de terras da União, crimes ambientais e/ou mesmo em emissão de títulos de terras, supostamente, fraudados e averbados em cartórios na tríplice divisa do Acre, Rondônia e Amazonas.