Porto Velho, RONDÔNIA – Em meio a tantas dúvidas sobre o que vai fazer com os CORREIOS DO BRASIL, se reestrutura ou privatiza de vez, o que tira das especulações em torno do assunto é que a privatização da empresa cresce e ganha força no governo do presidente Jair Bolsonaro.
Pelo Twitter, na conta oficial dele em postagem do dia 07 passado, o presidente anunciou que a privatização dos CORREIOS, em seu governo, 'ganhou força' e justificou que 'a menor participação do Estado pode melhorar e baratear os serviços públicos'.
– Serviços melhores e mais baratos só podem existir com menos Estado e mais concorrência, via iniciativa privada, afirmou.
Em Rondônia, setores de chefia da ECT foram procurados por este site para comentar as declarações do Presidente. Porém, nem mesmo carteiros da Unidade Central de Distribuição na Zona Norte não quiseram falar muito sobre o assunto. Segundo informação local, 'ninguém está autorizado a emitir opinião sobre o tema por ordem de Brasília'.
No tocante à privatização defendida por Bolsonaro, em Porto Velho, podem entrar no novo sistema as unidades da Zona Leste e Sul onde havia banco postal, recebimento de boletos, descontos de contas de energia, água, telefones e saques bancários. Atualmente, essas unidades só operam com correspondências, despacho de mercadorias e produtos via SEDEX. Além de serviços de atendimento ao cidadão, venda de selos, emissão de telegramas e taxas referentes ao CPF, informaram carteiros da Unidade ETC Leste.
HISTÓRICO – De acordo com trabalhadores mais antigos da ECT Centro, 'o clima entre a categoria é de muita duvida, pois, nada ficou ainda esclarecido sobre a verdadeira intenção do presidente'.
Desde 2017, ainda no governo Temer, centenas de agências dos Correios foram fechadas no País. Em 2018, com as eleições gerais, 'a tensão diminuiu, gradativamente. 'Em 2019, o tema retorna à baila e tudo pode acontecer, inclusive, nada', completa ex-dirigente do SINTEC-Rondônia.
De lá pra cá, segundo trechos isolados de declarações dadas por ex-dirigentes da Estatal brasileira, além das agências que fecharam as portas, o quadro de funcionários foi reduzido, novas taxas e tarifas foram implementadas. Por conta disso, em 2017, fechou o período com lucro de R$ 667milhões – depois de prejuízos em 2016 .
Em Porto Velho, fontes ligadas ao Ministério das Comunicações, à qual os Correios estão subordinados, afirmaram anonimamente que 'o governo federal ainda não decidiu sobre a privatização dos CORREIOS'.
De acordo com uma fonte acreditada na Unidade Central de Distribuição (ECT), o ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, tem dito que a decisão sobre a privatização será tomada logo após a conclusão dos estudos que estriam ainda no começo e segundo ele, 'poderão apontar, inclusive, para a inviabilidade da venda da estatal brasileira'.