Após o desbloqueio da BR-364 na Ponta do Abunã, no Distrito de Extrema, ocorrido ontem (12), uma longa fila de carretas se formou para seguir viagem. No sentindo Rio Branco (AC) para Porto Velho o número foi visivelmente reduzido, mas a partir de Porto Velho/Rio Branco a movimentação foi bastante intensa. Um registro em vídeo revela quase 6 km de veículos enfileirados tentando entrar no estado vizinho.
O servidor da Secretaria de Fazenda do Acre (SEFAZ), Luiz Calixto, mostrou em sua rede social a dimensão do cortejo de caminhões e carretas. São centenas que esperavam o desbloqueio da estrada para levar mantimentos para o território acreano e países andinos – Bolívia e Peru. No posto da Tucandeira, principal ponto de fiscalização do Acre, agentes fizeram verdadeiro cerão para liberar a entrada dos transportadores. O procedimento é obrigatório.
Apesar da quantidade de carretas, as preferências de atendimento são para os motoristas que transportam produtos inflamáveis como combustíveis e de alimentos perecíveis.
A liberação da estrada que estava interditada desde terça-feira (9) ocorreu após uma longa discussão entre a Prefeitura de Porto Velho e movimentos comunitários que pediam melhorias em ramais e transporte escolar para alunos que moram na zona rural.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) em conjunto com o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) cumpriu uma determinação da Justiça Federal de desbloqueio imediato da estrada que integra o Acre ao restante do país.
De início, a prefeitura de Porto Velho juntamente com a Câmara de Vereadores apresentou uma proposta aos moradores, no entanto, sem sucesso. Pelo agravamento da situação, o executivo municipal acelerou a contratação de novos ônibus para atender a demanda.
Apesar do clima tenso, o desbloqueio ocorreu pacificamente. Durante o protesto, apenas ambulâncias e carros de passeio eram liberados para seguir viagem. Carretas e ônibus ficaram no acostamento onde se formou uma fila de aproximadamente oito quilômetros.