Porto Velho, RONDÔNIA – Vigilantes e agentes privados das empresas de transportes de valores voltarão a se reunir nessa segunda-feira (11), na sede do Sindicato da categoria. Na ocasião, vão discutir a contraproposta oferecida pelos patrões de apenas concederem à categoria o percentual de 0,70% no aumento dos salários.
Na contrapartida, a Diretiva do Sindicato dos Vigilantes em todas as rodadas de negociações mantidas sob o olhar do Ministério Público do Trabalho (MPT), sustentou e propôs aumento real acima do índice inflacionário previsto para fevereiro deste ano. Porém, o patronato recusa-se a aceitá-lo.
Com a irredutibilidade das empresas, na quinta-feira (7), com o advento de uma possível ameaça de greve, divulgou novo informe confirmando que o 0,70% seria passível de um novo objeto de renegociação. A categoria, ainda assim, deverá insistir para reabrir nova negociação em cima de 1% de aumento real sobre os salários, minimamente. Com data-base, já vencida no dia 1º deste mês, os vigilantes ouvidos na sexta-feira (8), na sede do Sindicato, reiteraram que “1% é possível de ser fechado, mesmo diante do ultimato a ser dado na assembléia dessa segunda (11)”. A categoria, porém, reivindica reajuste salarial justo, plano de saúde, aumento do valor do ticket alimentação, rotatividade do turno de plantão e outras melhorias.
Segundo o presidente Paulo Tico Floresta, a proposta de reajuste salarial extensivo ao Vale Alimentação encaminhado pelo Patronato de 70% (setenta por cento) da inflação do período, “foi rejeitada por unanimidade”. Em sendo mantida essa proposta, com reajuste em cima do índice inflacionário, o acumulado de janeiro 2019, seriam 3,57%. – Sendo que o acumulado do nosso período ainda não havia sido fechado a fevereiro, assinalou o líder sindical.
Do mesmo modo, na dança das contrapropostas patronais, “a categoria rejeitou-as”. Na seqüência, o Sindicato da categoria requereu mediação junto ao Ministério Público do Trabalho sob o registro MPT-MED 00070.2019.14.000/8, no que levou o patronato a fazer consulta ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT 14ª Região RO/AC) a fim de haver novas rodadas de negociações entre patrões e empregados.
Com a recusa patronal, na quinta-feira (7), já dentro do estado de greve, os vigilantes e agentes privados das empresas de transporte de valores advertiram os patrões sobre o não cumprimento da data-base – que é 1º de março –, o que levar a uma nova greve.
Em Rondônia, de acordo com consulta ao Ministério Público do Trabalho (MPT), integram o Sindicato Patronal às empresas de Transporte de Valores PROSSEGUR, Protege e TB Forte – que negam a conceder a seus trabalhadores aumento reais nos salários, além da reposição sobre o índice da inflação do período válido ao mês de fevereiro deste ano.
De acordo com parte dos vigilantes que foram em busca de informações sobre informes na sede do Sindicato na sexta-feira (8), “sugerimos que a Diretiva busque informações sobre os ganhos das empresas referentes aos anos 2017-18” cujas planilhas, em lucros fixos, beirariam mais de R$ 66 bilhões.
Os dados, disseram os trabalhadores, constam nos relatórios da publicados pela Revista Anual da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores. Segundo eles, “estão lá, a contagem exata dos lucros gigantescos que geramos aos patrões”, arremataram.