Porto Velho, RONDÔNIA – Não é de hoje que comunitários e chacareiros se mostram preocupados com a falta de segurança nos bairros da periferia Norte, Leste e Sul desta Capital.
Por sua conta e risco, em 2018, na esteira dos ferroviários e parte de dirigentes dos soldados da borracha, Associações de Chacareiros, Amigos e Moradores indicaram ao comandante da Polícia Militar, Coronel PM Ronaldo Flores, que acione as guarnições do 5º Batalhão a fim de conter o avanço da criminalidade.
Já no decorrer dos meses de janeiro e fevereiro os casos de assalto a mão armada, roubo de motocicleta, porta cédulas, arrombamentos de casas, além da circulação de dinheiro falso no comércio local mais que dobrou no período e vacância do patrulhamento ostensivo feito.
Um segundo documento, dessa feita, já a partir da quinta-feira 7, será encaminhado ao governador Marcos Rocha, como parte de um dossiê da criminalidade, ao menos na Zona Leste. Nele, segundo moradores do Jardim Santana e Socialista, “endereços de bocas de fumo estouradas pela PM e reativadas a seguir”.
Um segundo passo a ser dado pelas representações das entidades locais, atestaram interlocutores, “será a adoção de medidas urgentes que venham, na prática, reduzir a violência infanto-juvenil que vem crescendo, vertiginosamente, sobretudo na periferia Sul, Norte e Leste”.
No documento constará ainda, em função da falta de segurança, principalmente, no Setor Chacareiro da Zona Leste (Jardim Santana e Estrada dos Periquitos), como justificativa da futura ação policial, as lideranças farão notar que, em todo o município de Porto Velho e região, “a segurança pública atravessa dificuldades e um crescimento invejável da violência e da criminalidade envolvendo adolescentes”.
Outro aspecto a ser abordado, de acordo com a premissa de justificativa do documento a ser entregue ao governador, como nas comunidades chacareiras há ex-agentes policiais (Civil e Militar), uma segunda medida a ser adotada, seria a ativação do Serviço Velado da PM (a P-2, no passado, muito temida) e da Inteligência da SESDEC, para assumirem o mapeamento das “bocas” a fim de que chegarem aos fornecedores, missão que acreditam os comunitários, “restaria por estourar todas as fortalezas do tráfico”.
Ultimamente, as periferias Sul, Norte e Leste têm se notabilizado pelo avanço e multiplicação de ocorrências criminosas, inclusive por parte de agentes do Estado, agindo em nome de grileiros de terras públicas cujas demandas são da competência da União através do INCRA, Programa Terra Legal e da Polícia Federal.
Sobre o assunto, consultores ouvidos pelo NEWSRONDÔNIA, “exigem a apuração das Corregedorias da secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania (SESDEC), Polícia Militar, do Tribunal de Justiça e da Polícia, essa sobre uma suposta indústria da grilagem de terras cujos documentos precisam ser periciados por trazer a marca de cartórios de Notários (+ de Imóveis), com aval do Programa Terra Legal e do INCRA estadual.