FRASE DO DIA:
“Nos lábios de Cabral, até o vício perde o encanto, de tão ensaiado. No seu caso, o melhor a fazer é assegurar que mofe na cadeia. Preso, talvez fique viciado em virtude” – Jornalista Josias de Souza sobre Sérgio Cabral
1-Laranjal mineiro clonal
O ministro Fux foi cirúrgico. O ministro do Turismo – aliás, para que serve um ministro do Turismo? – aquele que tem um laranjal lá em Minas Gerais vai ser investigado lá na sua santa terrinha.
Fux disse que as suspeitas sobre desvios de verbas eleitorais para candidatas do PSL em Minas, nada tem a ver com o mandato de deputado federal do senhor Marcelo Álvaro Antonio. Isso mesmo: são 3 nomes próprios e sem sobrenome! É impressão minha ou ele tem cara de clone? E fiote de chocadeira? Vê aí. Parece?
2-Reforma possível?
Há uma inquietação em parte da equipe econômica com a guinada que Bolsonaro deu ao se aproximar do Congresso que vai votar a sua reforma da previdência.
Lorenzoni recebeu os comensais e anunciou o menu: cargos, vagas nos estados, liberação de emendas e na de contingenciamento. É “toma-lá-dá-cá”, mas com a meta mínima e já precificada pelos bancos – 800 bilhões em 10 anos – abaixo da promessa original de 1 trilhão de reais em 10 anos. Será que o Bolsonaro se ajoelhou antes da hora crucial?
3-Cassino Brasil
Reformar a previdência é o jogo, mas como está ou será o humor do Congresso por quatro anos para tantas e necessárias mudanças e reformas.
Ao dar as cartas agora e definir regras do jogo o que se vê uma jogada arriscada e com reflexo futuro. Regras estáveis na política instável? O tempo dirá. Bolsonaro, Ônix e Maia, conhecedores do Congresso dominaram o evento, mas agora é jogo. As cartas estão na mesa. No mas!
“Não há vácuo de poder”. Como Bolsonaro não avançou sobre o Congresso Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, ocupou mais espaço e mandou o recado: "O presidente está refém do discurso de campanha. A sociedade pós-eleição gerou muita expectativa do governo do presidente Bolsonaro, de que nós teríamos um novo país e mudanças não são tão rápidas em um país democrático. O presidente precisa decidir se vai governar sozinho ou com o Parlamento". Maia é o crupiê da Mesa.
A economia de só 800 bilhões não cobre o rombo da Previdência ou do Cassino Brasil e Paulo Posto Ipiranga Guedes, hoje contador do Cassino Brasil, vai levar a caderneta ao Bolsonaro depois de já ter alertado o Lorenzoni. Hoje, em evento do BTG Pactual, Ônix falou de “cláusula pétrea”: a economia da reforma da Previdência é no mínimo 1 trilhão de reais em 10 anos. E encerrou dizendo: “Se tudo correr bem, e Deus há de querer, a reforma será aprovada em junho nas duas Casas.” O contador está sorrindo.
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