Porto Velho, RONDÔNIA – Nessa quarta-feira 27, a partir das 8h, no auditório da Biblioteca Municipal ‘Francisco Meireles’, o ferroviário José Bispo de Morais, 86, será reconduzido à presidência da Associação dos Ferroviários da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (ASFEMAM).
O ato cidadão, de acordo com informações passadas à imprensa, será objeto de uma cerimônia sem alardes vez que entidade foi obrigada a deixar o local onde funcionava na sede da Administração do Complexo Ferroviário até que diretiva de um órgão cultural impôs uma brusca mudança para locais improvisados.
Membros da coordenação do evento disseram que o evento deve contar, além dos associados da entidade, apoiadores e parceiros da secular ferrovia que ‘em tempos idos trouxe progresso e esperança aos porto-velhenses, vez que foi a 15ª ferrovia construída no Brasil’.
José Bispo de Morais e George Telles (O Carioca), esse na qualidade de Vice-Presidente, conjuntamente, com os demais integrantes da nova Diretoria da entidade, esperam contar com a participação de toda a sociedade civil organizada durante a cerimônia e das instituições engajadas no processo de restauro do patrimônio da EFMM e por extensão, o tombamento da malha ferroviária entre Porto Velho a Guajará-Mirim pelo Governo Federal.
O ato cidadão que irá configurar a posse da nova diretoria da ASFEMAM, na opinião de José Bispo, já com as energias renovadas depois de um quase fulminante infarto, ‘nos remeterá a exortar todos os cidadãos à importância geo-econômica e cultural da Estrada de Ferro Madeira Mamoré desde o século passado’.
Numa das entrevistas ao ‘Programa Léo Ladeia, da REDETV, Bispo chegou a confidenciar ao NEWSRONDÔNIA sua posição marcante à frente da entidade que, ‘nessa quarta-feira 27, exortaria ex-funcionários, autoridades, artistas, arquitetos, escritores, historiadores, docentes de Universidades e políticos, se alguns bens tiverem em domínio pessoal do acervo da EFMM, faça a devolução’.
Segundo o velho ferroviário, ‘o imaginário da categoria, mesmo antes dessa quarta 27, sempre voltou-se há décadas para garantir a recomposição do acervo da nossa Ferrovia do Diabo, como bem definiu o escritor amazonense Márcio Souza’.
O objetivo, ele apontou, ‘é promovermos atos cidadãos pelo resgate das peças subtraídas do acervo’, compostos por mobilizações em escolas, faculdades e órgãos de controle, levando essa causa às praças públicas e centros que apóiam a conservação e preservação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.