Porto Velho, RONDÔNIA – Vigilantes do Estado rejeitaram, por unanimidade, em assembléia, na sexta-feira (8), a proposta de reajuste salarial das empresas para este ano. Segundo o presidente Paulo Tico, “a medida está muito aquém dos anseios do que pretende a categoria”.
Com data base prevista para 1º de março, o salário dos vigilantes deveria sofrer reajuste acima do índice da inflação para o período de fevereiro. Os patrões, na contrapartida, estipulam 70% para o novo salário e à alimentação.
Pelo teto proposto pelas empresas, considerando o que a categoria lutou para ser mantido no Acordo Coletivo de Trabalho de 2018 face a irredutibilidade do patronato, mesmo diante da inflação prevista para o período (3,70% a 4%), os patrões não abrem mão e oferecem R$8,56 e R$0,18 para salário e o tíquete alimentação.
Com data-base para 1º de março, os reajustes propostos pelo Sindicato para salário e alimentação foram encaminhados às empresas para avaliação patronal em 16 de dezembro de 2018.
À época, a assembléia da categoria aprovou o repasse para o reajuste salarial com base no índice da inflação medida pelo Índice Nacional de Preço Ao Consumidor (INPC), “acrescidos de 6% de ganho real sobre o salário atual”. E ainda a inclusão de R$ 8,00 ao tíquete alimentação que em 2018 foi pago a R$ 26,00 informou o presidente Paulo Tico.
– Os vigilantes propuseram ainda a manutenção de todas as cláusulas sociais no novo Acordo Coletivo de Trabalho 2019, assinalaram vigilantes ouvidos.
A situação, agora, diante da desaprovação das propostas de reajustes abaixo do índice previsto para fevereiro deste ano, o Sindicato após encaminhar essa decisão aos patrões, nessa segunda-feira 11, irá busca o Ministério Público do Trabalho (MPT).
A medida dará subsídios para que novas rodadas de negociações ocorram, garantiu o presidente Paulo Tico. Segundo ele, “o MPT, por ter vários entendimentos sobre a reforma trabalhista, espera-se com isso, as planilhas de contratos patronais sejam revistas”.
O líder sindical adiantou, no entanto, caso haja alguma possível irregularidade nas propostas patronais, além das medidas cabíveis a categoria pode decidir por uma paralisação ou mesmo deflagrar nova greve, já que as negociações tendem a não avançar por conta do patronal patronato das empresas.
ENTENDA O CASO – As informações que se tem é que Rondônia, os vigilantes figuram com um dos mais baixos pisos entre 14 Estados a nível nacional. Está acima de Roraima, Amazonas, Maranhão e Mato Grosso.
Na alimentação, de acordo com pisos de 2018 a nível nacional, os vigilantes rondonienses, além do salário de R$1.221,72 tem acrescido R$366,51 de Adicional e Periculosidade, além de R$26, ao tíquete refeição, totalizando R$1.588,23.
Historicamente, os vigilantes do Estado de Rondônia, segundo opinaram analistas independentes, “só vão à greve depois de vencidas todas as possibilidades de negociações com o patronato”. Contudo, parte desse grupo, admite que “o clima proporcionado pelas empresas no atual o momento da data-base da categoria, em não atender os anseios dos trabalhadores, pode levar a um dissídio e desse, a deflagrarem uma possível greve”, arremataram.