FRASE DO DIA:
“Não sei se o que está acontecendo agora é pelo excesso de transparência”– Prefeito Hildon Chaves sobre a Operação Sinal Vermelho e prisão do secretário da Semtran.
1-Causou I
O ministro Marco Aurélio mandou às favas o colegiado do STF que por maioria votou em 2016 pela prisão após sentença em segunda instância.
Mandou às favas as regras de convivência ao constranger varias vezes a colega Carmem Lúcia para votar ADCs que contrariam a decisão da maioria. Mandou às favas a lealdade ao decidir só, no início do recesso e após reunião com seus pares sem prévio aviso. Saber o que pensa alguém é difícil, mas se for o ministro Marco Aurélio é impossível. O ministro causou!
2-Causou II
Durou pouco, mas o fervo foi grande. Dados do CNJ mostram que até 169 mil pessoas poderiam ter saído da prisão com a liminar de Marco Aurélio. Estrago relevante. No fim da tarde, depois de horas de movimentação e insegurança jurídica o presidente do STF Dias Toffoli derrubou a esdrúxula liminar, a pedido da PGR.
De novo bateu na trave e o “Redivivo” vai passar o natal em Curitiba, mas sem ver a cantata do Palácio Avenida. Um nada para quem até morou em palácio. Hora de reforçar os cadeados…
3-Uma quarta feira dubaráio
Além da tal liminar aureliana, o ministro Lewandowsky deixou uma casca de banana obrigando o governo a reajustar salários federais: R$4,7 bilhões de impacto. O Renan levou na fuça pois o ministro Marco Aurelio Mello determinou que a votação para Mesa do Senado seja aberta. Teve mais: Queiroz, o cofre do Bolsonaro, deveria ser ouvido pelo MP, mas não deu as caras e Temer antes de apagar as luzes do palácio ganhou nova denúncia, a PGR diz que ele recebe propina há mais de 20 anos e ele debocha:
E como nada é tão ruim que não possa ser piorar, Rodrigo Maia fez com maestria sua parte na ópera bufa: sancionou uma lei que autoriza prefeitos a descumprirem a Lei de Responsabilidade Fiscal e deixou Bolsonaro pela broxa. Estão brincando com fogo.
4-Cizânia, chabu e Titanic
O PT queria saber qual a reação dos militares se o “Redivivo” fosse solto. Mesmo sendo com a justiça, seria uma tentativa de instabilidade para a posse do Bolsonaro, disseram.
A coleção de insucessos com o mito do perseguido político, litigância de má fé – diz a PGR, “O requerente confunde direito à ampla defesa com direito à defesa ilimitada” – e a tentativa da cizânia no Exército levaram ao plano “B” no STF mas deu chabu no traque do Marco Aurélio. Agora é encarar o desgaste e esperar pelo 10 de abril. Curiosamente a mesma data em que o Titanic iniciou sua primeira única viagem.
Victorio Giuzio Neto, juiz da 24ª Vara Cível Federal de São Paulo, voltou a suspender o acordo feito entre a Embraer e a Boeing para criação de nova empresa de aviação comercial. A liminar foi pedida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de S.José dos Campos pelos motivos recorrentes pela República Sindical Brasileira em casos desta natureza.
E o TSE parece que desta vez encerrou a novela e colocou “divera” na cadeira da ALE Geraldo da Rondônia como deputado, afastando o diplomado Jean Mendonça que já ensaiava dar nó em gravata. Permanecendo assim, o Geraldo da Rondônia começa o mandato. E nesse vai e vem da mão, o “couro do dedo” – se me fiz entender – sofreu.
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