Neste novo Brasil que está se reinventando ou refundado, existe algumas questões a serem repensadas. A primeira delas utilizando a parábola ensinada por Jesus sobre a vigilância. Numa época em que os agricultores tinham torres de vigia na sua plantação para evitar saques, ladroagem ou mesmo que viesse um fazendeiro inimigo e plantasse uma erva daninha.
A primeira lição, é que não podemos dormir em berço esplêndido, após a vitória de um ícone do conservadorismo, Jair Bolsonaro. Essa dormência já aconteceu após 1964, com a contrarevolução. Os militares eliminaram a luta armada, mas esqueceram das cabeças pensantes nas universidades.
O gramiscismo foi implantado silenciosamente, sem arruaças, sem alardes, exatamente como um joio, sem anunciar que estava formatando a elite intelectual pensante.
“Não tomem quartéis, tomem escolas. Não ataquem blindados, ataquem ideías.” (Gramisci)
Está ideía foi cultuada e posta em prática sem que nenhuma bala ou alguém resolvesse fazer a oposição. Pois exatamente a ideía gramiscista era combater com armas silenciosas, até formar uma “hegemonia cultural” ou a “hegemonia do pensamento único.” Quando esse pensamento único prevalecesse, as massas teriam aderido o socialismo sem a percepção necessária para questioná-la. O que resultaria na implantação do socialismo, sem que nenhum tanque nas ruas. Era o marxismo cultural em ação.
A reconstrução do Brasil está apenas começando, é necessário a desconstrução do desconstrucionismo, parece redundante ou trocadilho, mas para reconstruir é necessário implodir, muitas vezes.
O sentimento existente no fazendeiro da parábola. Ele dormiu e veio o inimigo e semeou o joio.
Vamos reconstruir os fundamentos da educação no Brasil, e desconstruir os fundamentos nas quais a educação brasileira está assentada.
JOÃO BELARMINO DOS SANTOS: É pedagogo e MBA em Administração Pública pela FGV. É professor na Universidade Paulista-UNIP