Porto Velho, RONDÔNIA – Embora as secretarias Municipal de Obras e Infraestrutura Básica (SEMISB), através do secretário Francisco Evaldo, titular da pasta da Agricultura e do Meio Ambiente (SEMAGRIC), respectivamente, tenham prometido em 2017 que as linhas, travessões e ramais do bairro Jardim Santana teriam seus pontos críticos corrigidos com operações tapa-buracos, limpeza de canais e coleta de lixo, isso ainda não ocorreu por razões óbvias.
imagens: Willian Ferreira da Silva
Durante todo o dia deste domingo 9, moradores dos trechos que ligam as avenidas Raimundo Cantuária, Amazonas e Mané Garrincha, forma interditadas com o uso de paus, pedras em blocos e monturos de lixo retirados das proximidades da Associação do bairro e das redondezas dos residências do Minha Casa Minha Vida (MCMV).
imagens: Willian Ferreira da Silva
Indignados com a falta de providência do poder público, dezenas de pessoas bloquearam todos os acessos que levam aos residenciais. Inclusive para o Crystal da Calama e no perímetro de ligação ao Setor Chacareiro, na divisa com o Orgulho do Madeira, entre as avenidas Amazonas e Raimundo Cantuária.
Ao NEWSRONDÔNIA, moradores, liderados por uma suposta servidora da SEMAGRIC e que se diz casada com um presidente de uma Associação local, confessou que ‘bossas vidas viraram um grande inferno, tudo por conta do grande número de assaltos praticados por marginais que tocam o terror até mesmo durante o dia’.
– Os roubos ocorrem, justamente, nos locais onde não se pôde trafegar por conta dos buracos, ruas alagadas, sobretudo à noite, quando a escuridão predomina, afirma um comerciante das proximidades da Área de Proteção Ambiental (APA), conhecida como ‘Santuário da Vala’.
O protesto, para alguns condutores que foram obrigados a desviar a rota até uma entrada pelo Residencial Orgulho do Madeira para ter acesso ao Setor Chacareiro, a medida ‘nãos surtirá o efeito esperado, justamente, por se tratar de um domingo’. Segundo ele, mesmo que os acessos principais tenham sido boqueados, apenas na segunda-feira (10), que teria uma maior repercussão. ‘É que estudantes, trabalhadores e moradores ficariam impedidos de chegar até as adjacências e ao centro da cidade’.
Para conter a crítica situação das vias de acesso ao Jardim Santana, um dos lideres do movimento paredista confessou, sem revelar a identidade, que, ‘a prefeitura em até esta segunda para se manifestar’. Do contrário, ‘iremos fechar os cruzamentos entre da José Amador dos Reis, Alexandre Guimarães, Amazonas com a Mamoré’. Além do impedimento do acesso ao posto da Polícia Militar, às escolas Ulysses Guimarães, São Miguel, Creche Mãe Margarida, Elenilson Negreiros, Maria Carmozina, Risoleta Neves, Tancredo, Flora Calheiros e postos de saúde.
Embora essa medida, o protesto liderado apenas por moradores do suposto bairro Santaninha, com mais de 120 famílias que ocupam parte do Lote 1 do Setor Militão, segundo associados à Associação de Agricultores ASBOA, ‘o prefeito e secretários deveriam sair do ar-condicionado e pisarem na lama de todos os dias do nosso bairro’.
Em reuniões na Associação do Bairro Jardim Santana, com forte ligação ao gabinete da Primeira Dama do Município, ‘vereadores e deputados tucanos, reiteraram promessas antigas de que os moradores seriam beneficiados pelas operações tapa-buraco, drenagem e pavimentação asfáltica, dentro do programa de obras do São Francisco, Flamboyant e Três Marias.
Durante o protesto, surgiu, a hipótese do movimento se estender até aos bairros Socialista, Tancredo Neves, JK e Mariana, segundo dirigentes comunitários locais, ‘ainda não contemplados pelo plano de obras e reconstrução da malha viária e rede de esgotos 2017-2020’. Para isso, nesta segunda-feira (10), uma grande reunião será puxada pelas lideranças para exigir a intervenção do Ministério Público.