Porto Velho, RONDÔNIA – Com clima ameno e outras vezes muito seco por causa dos residenciais que impedem a circulação dos ventos, o Assentamento Nova Aliança, localizado entre o Jardim Santana e Socialista, Zona Leste da Capital, pode ser pavimentado pela Prefeitura ainda este ano.
O prefeito Hilton Chaves, há duas semanas atendeu pedido nesse sentido e assegurou, segundo informações colhidas junto a setores das secretarias de Obras e Serviços Básicos (SEMOB/SEMISB), “pedido nesse sentido foi feito pela Associação local”. Chaves, antes de anunciar viagem à Goiânia, nesta quinta-feira (01), em visita ao prédio do futuro Museu da Imagem e do Som (MIS-RO), anunciou fazer melhorias no centro e na periferia Leste. Inclusive no Assentamento Nova Aliança.
Habitado por cerca de 100 famílias, a maior parte de baixa renda que saiu do aluguel, durante os governos Camurça e Roberto Sobrinho viveu durante muito tempo com lama, matagal e aceiros advindos de chácaras e fazendolas da região Leste da cidade.
Cortado por duas vias de acesso (Rua Humaitá e Amazonas), Nova Aliança possui entre 500 a 600 habitantes; e faz parte da região em que o governo federal construiu vários condomínios do programa “Minha Casa Minha Casa”.
Apesar dessa condição considerada privilegiada, “a comunidade conta apenas com quatro ruas, nenhuma delas é asfaltada”, diz o presidente da Associação local, João Maria de Siqueira. Segundo ele, “sabemos que somos partes da região administrativa da cidade, porém, não se tem rede de esgotos, calçamento nem serviços de saúde, educação ou segurança”.
O líder comunitário reitera, contudo, “esse tolerância com o poder público e politico, desde os anos 2016, quando Nova Aliança foi, enfim, contemplado com o ganho das terras, é baseado na formação de sua gente, a maioria é de tendência evangélica e católica”. E sempre contou com a ajuda de parceiros e apoiadores ecumênicos, revelou João Maria.
O bairro – ou Assentamento – é considerado o menor de Porto Velho. Em hectares lá vivem, moram e tiram seus sustentos cerca de 600 pessoas, (mulheres, homens, jovens e adultos) que se dedicam a pequenos afazeres da rotina familiar, da construção civil e setor chacareiros e fazendas fora da cidade.
“Além da oferta de emprego e renda, com exceção da mão de obra doméstica, que são tirados em postos de trabalho na área do comércio lojista, serviço público, pequenas negócios voltados à economia familiar”, aponta o presidente da Associação.
Recentemente, o prefeito da cidade atendeu pedido de implantação da iluminação pública, instalado luminárias em todos os pontos da comunidade. Antes escuras, as ruas (Dário Braga, Vitória, Antônio Cabeceira e Eduardo Valverde, esses falecidos) estão iluminadas por ação do cidadão George Telles (Carioca), em apoio às lideranças locais, junto à Empresa de Desenvolvimento Urbano (EMDUR). “Hoje, tudo se ver, e se testemunha, por conta do novo sistema de iluminação”, arrematou João Maria.
Nos últimos anos, Nova Aliança aguarda a ampliação do seu domínio fundiário além de uma área onde funcionou uma cascalheira cujos donos teriam sido autuados por extração ilegal de material (pedra, areia e argiloso). Caso a área seja cedida, apesar de isolada na fundiária com o Jardim Santana, Nova Aliança poderá abrigar novos habitantes.