A descoberta foi realizada em julho deste ano, mas as imagens só foram reveladas agora. O achado aconteceu durante a expedição arqueológica, coordenada pela Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), Universidade Estadual do Amazonas (UEA) e a Universidade Pompeu Fabra, de Barcelona, na comunidade Tauray, no município, de Tefé, no Amazonas.
Segundo os arqueólogos, anteriormente seis urnas já haviam sido encontradas, em 2013 neste mesmo sítio. Porém desta vez o acervo foi achado no local em que originalmente foi depositado pelos nativos.
“São vasos que representam corpos. As tampas são as cabeças. O vaso em si é o corpo de uma pessoa. Ossos enterrados em vasos que representam corpos humanos”, informa um dos arqueólogo que integraram a expedição.
As urnas funerárias estão vinculadas a tradição ‘Polícroma’, que existiu na Amazônia, há 600 anos depois de Cristo (DC).
A cultura se estendeu até o momento em que portugueses e os espanhóis dominaram esta parte da Amazônia influenciando totalmente o modo de vida dos nativos.
No Norte do Brasil, o costume é verificado principalmente na calha dos rios Amazonas, Rio Negro e Rio Madeira. O trabalho de remoção das urnas se prolongou por vinte dias, tendo o envolvimento até mesmo da comunidade local, que foi quem as encontrou enquanto construíam uma escola.
“Uma das atividades que nós fizemos ao encontramos os objetivos foi justamente pegar uma dessas urnas funerárias e levar para a escola da comunidade. Ao longo de uma semana nós escavávamos essa urna em frente às pessoas para que elas pudessem ver o que de fato tinha dentro”, revela o arqueólogo.
De acordo com os arqueólogos, existe a possibilidade das urnas retornarem para a comunidade.