1-Troca marota
O que querem os dois futuros dirigentes do STF, ministros Toffoli e Fux? Se buscam desacreditar a casa estão no caminho ao sugerirem trocar o discutível e imoral auxílio-moradia – R$4.377 pelo reajuste salarial de 16,38%. Nessa toada, o que será do “burro de carga” que paga imposto e carrega no lombo o sonho de grandeza dos “new-pharohs”? O holerite irá a R$39,3 mil, o Congresso está na fila do “querumeu”, o Brasil com 13 milhões de desempregados e um rombo estratosférico. Que justiça injusta.
2-Conta de padaria
E mais: o Judiciário teve aumento de despesas em 2017 sem inflação em 4,4% sobre 2016. R$ 90,8 bilhões, diz o CNJ, sendo 90,5% ou R$ 82,2 bi com recursos humanos. Dizem os ministros que a proposta de aumento de 16,38% não impactará o gasto, pois serão feitos remanejamentos. Fazendo conta de padaria, como fechar a “geografia” se a tabuada mostra que a sobra é de 9,5%. Será que os juízes não sabem fazer contas?
3-Relativizando o Congresso
Sabatinada, Marina Silva foi firme ao falar de aborto. Nada de novo. Todos sabem sua posição, mas ela quer consulta popular. "Sou contra o aborto. Não acredito que 513 pessoas podem decidir por 200 milhões”, disse. Comungo da ideia, menos a consulta. Temos um Congresso que bem ou mal nos representa e estranhei sua afirmação. Há lei sobre o tema, o estado é laico e a tal consulta cheira a demagogia. Prestigie-se o Congresso, cumpra-se a lei e que minha opinião ou da Marina fiquem à parte. O que o povo quer é comida, trabalho, educação e segurança. Armas e aborto é papo torto.
4-Cegueira partidária
Ciro Gomes, criticou a Lava-Jato, MPF, Justiça, disse que quer unir a esquerda, mas que só no segundo turno, que vai limpar o nome de 70 milhões de “brazucas”, que vai baixar os juros, que Lula não é o satanás que dizem ser e no meio de tanta coisa pra falar em uma entrevista de 25 minutos da Rede Globo, escorregou numa jaca ao falar de Carlos Lupi, presidente do seu partido e sabidamente réu em quatro processos: "Tenho confiança cega nele". Companheiro é companheiro e réu é réu seo Ciro…
5-Salvo no rescaldo
A sofrível segunda turma do STF mandou para a Justiça Eleitoral de São Paulo do inquérito que investiga o envolvimento de José Serra em rolos nas obras do Rodoanel. A investigação se baseia nas delações premiadas de sete executivos da Odebrecht. A PGR queria que o caso fosse à Justiça Federal. O ministro Gilmar Mendes, o relator, entendeu que os indícios são de irregularidades eleitorais, o famoso caixa dois, no que foi seguido pela maioria. Para caixa dois a pena é branda. Serra está salvo em breve.
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