Como dissemos, os Corsos dominaram os desfiles carnavalescos em Porto Velho, até o início dos anos 50, porém, os clubes existentes à época, mantinham seus blocos, com o intuito de animar os bailes carnavalescos.
Esses bailes começavam a ser realizados a partir do mês de outubro, quando os clubes promoviam os famosos “Grito de Carnaval”. Vale salientar, que os grandes cordões carnavalescos, pertenciam aos clubes Internacional, Noroeste e Ypiranga.
O Noroeste era dirigido pelo seu Elias Gorayeb e era frequentado pelas famílias dos seringalistas e comerciantes mais abastados. O Ypiranga tinha como sócios os chamados “Categas”, funcionários públicos que exerciam cargos de confiança, na Madeira-Mamoré, na Prefeitura e depois no Governo do Território Federal do Guaporé.
O Clube Internacional funcionava como se fosse o Clube Oficial da cidade, já que reunia o alto escalão dos funcionários da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
Contam os mais antigos, que em determinada época ou quando Aluízio Pinheiro Ferreira assumiu a direção da Estrada de Ferro (1931) e depois como primeiro governador do Território Federal do Guaporé (1943), os bailes no Internacional só começavam quando ele chegava.
O Clube Internacional fechou suas portas, na segunda metade dos anos 1950. Era um casarão de madeira que ficava a Rua Sete de Setembro, justamente onde hoje se encontra a sede do Ferroviário Atlético Clube. Seu bloco carnavalesco só brincava na sede, quer dizer, não participava dos desfiles pelas ruas da cidade, nem mesmo em Corsos.
O Ypiranga que existe desde 1917, sempre se destacou nos desfiles carnavalescos colocando seus blocos. A grande pedida no início da nossa Porto Velho, foi o Bloco do Noroeste.
Apesar da grande animação nos bailes carnavalescos desses clubes, nosso carnaval de rua só passou a “pegar fogo” de verdade, a partir de 1950, quando os clubes sociais passaram realmente a dominar com os desfiles dos seus blocos.