Pelas ruas de Porto Velho cães perambulam. Sem um lar passam o dia a mercê da sorte. Em 2014 um levantamento da Associação Protetora dos Animais Desamparados, “Amigos de patas” estimou em 7 mil a população de cães e de gatos em Porto Velho. O montante corresponde tanto aos animais domésticos e ainda aqueles que habitam as ruas. Mas acredita-se que o número seja bem maior. “Essa é apenas uma estimativa de 2014 feita pela ONG na época da enchente. O número correto atualmente é difícil falar”, lembra, a coordenadora do Programa de Proteção dos Animais ligado a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Cristiane Patrícia Hurtado.
Salvar animais em perigo. Há oito tem sido a missão para duas irmãs. Sem apoio algum das autoridades elas uniram forças e fundaram a Associação Protetora dos Animais Desamparados, a “Amigos de Patas”.
“Os animais são recolhidos das ruas e há ainda casos de animais que são deixados no abrigo. Aqui nos recolhemos animais com todo tipo de problema dos maus tratos ao abandono”, revela, coordenadora associação “amigos de patas”, Clotilde brito.
Um programa desenvolvido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) busca conter o aumento da populacional de cães e gatos da cidade. Outra medida é dar destino aos animais que se encontram em total vulnerabilidade.
Os trabalhos do projeto começam com a identificação e captura. O próximo passo é a castração. O convênio da prefeitura com uma faculdade particular possibilitará a castração de até mil animais, nove por semana. Os albergados têm preferencial.
“Nossa expectativa gira em torno dos animais que já foram retirados das ruas. Esses estão nos albergues. Primeiramente iremos cuidar deles”, informa coordenadora do programa, Cristiane Hurtado.
O planejamento também abrange os animais domésticos. Para isso os donos precisam procurar a coordenação de proteção aos animais que está localizada no prédio dá sema, na Rua Brasília – sub-esquina com Duque de Caxias. No local a pessoa irá preencher um formulário e provar que é de baixa renda. Ação também conta com a parceria das polícias, civil e militar ambiental, Semasf, Semtran e Semusa.
“Cada instituição tem o seu papel importante. Por exemplo: a Secretaria Municipal de Trânsito notifica diversos animais que são atropelados nas ruas de Porto Velho. A Secretaria Municipal de Saúde nos ajuda com o controle de zoonoses e as outras por diante. Criamos uma corrente. Como cada uma delas atinge o nosso serviço com o tempo teremos um estudo completo da situação de cães em situação de rua e domésticos da capital”, acredita a coordenadora, Cristiane Patrícia.
“Vai chegar uma hora que a Prefeitura entrar em sociedade com as instituições por meio de um convênio poderá se achar no direito de “despejar” animais nos abrigos. E não é assim. Se isso ocorrer uma hora a situação ficará insustentável”, teme a coordenadora.
Segundo a coordenadora, ainda em 2018 será construído um abrigo com capacidade para 600 animais. O local contará com um hospital municipal veterinário. O recurso federal ainda está sendo aguardo.
Quem quiser contribuir com a Associação Protetora dos Animais Desamparados, a Amigos de Patas, doando ração para os cães, ou adotando um dos 200 cachorros que estão atualmente no abrigo é simples. A Amigos de Patas fica entre a Rua dos Sonhos e Rio Claro nos fundos do Incra, no bairro dos Tanques em Porto Velho (RO). Para maiores informações basta contata a coordenadora da Ong, Cleltiode Brito. (69) 99982-2772.