Que o agronegócio a cada ano se fortalece em Rondônia mantendo em alta a cadeia produtiva de alimentos isso ninguém pode duvidar. O avanço da pecuária, da soja, do milho, do peixe, do café e principalmente da agricultura familiar, tem mantido um ritmo de crescimento linear de 6,7% ao ano, apesar dos solavancos na política e na economia nacional que nos últimos tempos vem sendo salvo pela força gerada no campo.
Cabe-nos respeitosamente alertar aos estrategistas dos governos rondonienses, no presente e do futuro, sobre os possíveis gargalos que a cada dia tornam-se mais visíveis revelando os sérios riscos que podem até provocar um colapso na economia regional pela ausência de infra-estrutura. A falta de uma política voltada para implantação armazéns, o mau estado de preservação da BR-364, assim como a dragagem e sinalização em pontos críticos do Rio Madeira são ameaças reais ao desenvolvimento.
Rondônia ocupa um espaço geográfico importante na região Norte do Brasil. Na verdade, não necessita se preocupar muito em comercializar sua produção com o Centro-Sul do País, se considerar o custo benefício enfocado pelas dificuldades de logística e distâncias até os centros consumidores, uma vez que terá que enfrentar concorrências na maioria das vezes desleal, mesmo apresentando um produto de qualidade semelhante ou até superior.
É necessário quebrar algumas barreiras burocráticas, nada que uma boa diplomacia não possa concretizar. Por exemplo: no Peru, a legislação deles reza que o caminhão para transportar cargas só pode ser dirigido pelo proprietário.
Uma boa negociação envolvendo o Governo de Rondônia, o Ministério da Agricultura, instituições representativas do setor produtivo e autoridades dos Países vizinhos quebrando com facilidade esse e outros entraves burocráticos, facilitando políticas comerciais favoráveis a todos os envolvidos. É muito mais fácil, dialogar e acertar ponteiros com quem fala espanhol ou castelhano, que estão aqui ao nosso lado do que atravessar o Oceano Pacífico para negociar com Coreanos ou Chinês.
Como a meta é dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) em dez anos o primeiro passo poderia, sem perda de tempo iniciar estes diálogos, garantindo segurança jurídica aos produtores rurais e empresários rondonienses, principais responsáveis pelo desenvolvimento e crescimento econômico de um Estado que não se abalou diante das crises nos últimos tempos.