O gerente de tecnologia da informação de Goiânia (GO), Ricardo Régis bate recorde junto ao RankBrasil por possuir a Maior coleção de consoles de videogames Nintendo, com 78 diferentes itens. Entre os mais raros, o recordista destaca o Super Nintendo Versão especial Futebol 98 da Gradiente, que vinha com um controle dourado; e o NES Deluxe Set, o qual tinha um robozinho como acessório.
Ele também conquista o título brasileiro de Maior coleção de consoles de videogames Tectoy, com 88. Em sua opinião, o Mega Drive 2 Control Unit e Master System 3D são os mais raros. “Foi um processo de 15 anos para conseguir chegar nestas marcas”, comenta.
De acordo com Ricardo, além dos itens comprados através de sites de vendas online, o amigo Domis Wagner foi peça fundamental nestas aquisições. “Desde 2003 ele me passava as raridades que chegavam à sua antiga loja de games de Goiânia”, lembra.
Muitas outras pessoas contribuíram para as coleções. Em relação aos consoles Nintendo, o colecionador destaca a ajuda de Rodrigo Pereira, Rodrigo Camilo, Samuel Pinho (Samuca), Gean Oliveira, Thiago Galdino, Anderson Batista, Caio Lopes, Horácio do Santos, Juliemie e outros que ele não vai conseguir lembrar.
Sobre os consoles Tectoy, a ajuda veio através do colecionador de Master System Tectoy, Díogenes Avelino, que por inúmeras vezes encontrou os games que Ricardo precisava em sites de venda. “Também recebi a ajuda do colecionador Flávio Antônio Leite, que sempre me ensinou sobre a Tectoy com sua belíssima coleção, na qual se inspirei para buscar os itens para minha; e do Ricardo Wilmers, que considero um dos maiores colecionadores de videogame do Brasil”.
As coleções de Ricardo ainda não têm um local adequado para exposição. “Tenho tudo guardado em armários ou prateleiras em um pequeno quarto na minha casa, mas no futuro pretendo construir um ‘Game Room’ e expor todos os consoles para meus amigos”.
Para o colecionador, a conquista destes recordes significa um sonho realizado. “Colecionar no Brasil não é fácil por diversos fatores entre financeiro e até cultural”, afirma. Segundo ele, conseguir guardar um objeto antigo por tantos anos e o manter com as características originais para muitos é uma compulsão ou loucura, mas para outros é a preservação da história.
A paixão por videogames
Atualmente com 40 anos de idade, Ricardo comprou seu primeiro videogame aos 12 anos, um Top Game CCE VG 8000 (clone do Nintendo 8 bits), fruto do trabalho em uma pequena lanchonete da família e de economias do dinheiro reservado para o lanche na escola.
Em 1991 ganhou o segundo console, um Super Famicom (Nintendo 16 bits Japonê), presente de sua mãe, dona Alseni. No mesmo ano montou uma pequena locadora de videogames. “Acredito que minha coleção começou neste momento: ao fechar a locadora vendi os consoles repetidos e fiquei com um exemplar de cada”, comenta.
Ao logo dos anos, Ricardo sempre comprava um videogame após o lançamento da geração seguinte, para assim adquirir o item usado e mais barato. Inicialmente colecionava todos os sistemas, mas atualmente focou em Tectoy e Nintendo, além de alguns consoles de outras plataformas que fizeram parte da sua vida de games ou como colecionador.
“Minha admiração pelos consoles Nintendo começou com meu Top Game e sempre fiz questão de comprar todos os consoles lançados pela marca”, destaca. O recordista já transmitiu sua admiração para a filha Juliana, de sete anos. “Ela adora jogar Mario Kart 8 e Super Mario 3D World do Nintendo WiiU e Mario Odyssey do Nintendo Switch”, finaliza.
Gratidão
Na oportunidade, o recordista agradece aos pais, que o ensinaram a trabalhar para conquistar seus sonhos e a zelar por aquilo que se consegue. “Meu pai, senhor Dormelino, sempre foi um exemplo de organização e de conservador. Com ele aprendi a guardar tudo como caixas, manuais, notas fiscais de todos os produtos possíveis”, lembra.
Conforme Ricardo, um grande exemplo de conservador, foi quando o pai deu a ele sua bicicleta antiga de 1950 da marca Phillips. “É um item que passará de geração para geração”, afirma. O colecionador também agradece à mãe, dona Alseni, pela ajuda com sua educação e com todos os brinquedos dados, muitas vezes com sacrifício. “Aprendi a cuidar bem destes objetos porque isto representava muitos dias de trabalho dela”.
O recordista ainda presta agradecimentos às irmãs Lilianne e Cristianne, que sempre o apoiaram neste ato de colecionar. “Agradeço também minha amada esposa Cláudia e minha querida filha Juliana, que entendem meu hobby e sempre me apoiam nas minhas conquistas. Por fim agradeço aos amigos que me ajudaram a obter estes recordes”, completa.