A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, informou nesta quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, que a assinatura do acordo UE-Mercosul será adiada. A decisão foi comunicada aos líderes do bloco em Bruxelas, na Bélgica.
A formalização estava prevista para este sábado, 20 de dezembro, durante a cúpula do Mercosul em Foz do Iguaçu, no Paraná. O adiamento ocorreu pela falta de aprovação da maioria dos Estados-membros, com forte oposição da França e da Itália.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter conversado por telefone com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni. Segundo o presidente, ela solicitou um prazo de até um mês para negociar internamente com os agricultores italianos.
O acordo UE-Mercosul visa criar uma das maiores áreas de livre comércio globais, alcançando 722 milhões de consumidores. O projeto prevê a exportação de veículos e máquinas europeias em troca de produtos como carne e soja da América do Sul.
A França lidera a resistência ao tratado, articulando apoio de outros países para travar a assinatura imediata. O movimento responde à pressão de produtores rurais europeus que temem a entrada facilitada de alimentos sul-americanos no mercado comum.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o atraso pode ser positivo para o desfecho das negociações. De acordo com o ministro, esse tempo adicional pode viabilizar a conclusão do tratado que é debatido há mais de 20 anos.
A expectativa agora volta-se para janeiro, quando uma nova tentativa de assinatura deve ocorrer. O bloco europeu ainda precisa de convencer os setores agrícolas internos para garantir a segurança política necessária para a ratificação do documento.










































