Em pronunciamento à nação realizado nesta quarta-feira, 18, o presidente Donald Trump anunciou o pagamento de um “dividendo do guerreiro” no valor de 1.776 dólares (cerca de 9.800 reais) para as tropas do país. O valor é uma referência simbólica ao ano da independência americana. Segundo o chefe de Estado, os recursos para o bônus são provenientes da arrecadação de impostos sobre importações.
Durante o discurso na Casa Branca, Trump criticou severamente a gestão democrata de Joe Biden, afirmando ter herdado uma situação caótica na economia. O presidente prometeu um crescimento histórico para o próximo ano, apesar de indicadores recentes apontarem para uma inflação persistente e um mercado de trabalho com sinais de enfraquecimento.
Tarifas e impacto no custo de vida
A estratégia econômica baseada no “tarifaço” tem sido um ponto de debate central no governo. Embora Trump defenda que as taxas sobre produtos estrangeiros protejam a indústria nacional, o índice de preços ao consumidor subiu de 2,3% para 3% desde abril. A inflação afeta diretamente o custo de bens básicos, como alimentos e serviços públicos, gerando ansiedade na população.
No mercado de trabalho, a taxa de desemprego registrou alta, passando de 4% em janeiro para os atuais 4,6%. Em contrapartida, o presidente afirmou que novos investimentos em fábricas e a promessa de restituições de impostos maiores no próximo ano devem estimular o consumo e reverter a trajetória negativa do emprego no setor industrial.
Desafios políticos e eleições intercalares
O pronunciamento ocorre em um momento de queda na popularidade presidencial. Com as eleições intercalares de 2026 no horizonte, que definirão o controle da Câmara e do Senado, o governo busca recuperar apoio popular. Trump prometeu reformas agressivas no setor de habitação e garantiu que as taxas de hipotecas cairão em breve.
Na área da saúde, o presidente atribuiu aos democratas o possível aumento nos prêmios de seguros de saúde. O fim de subsídios vinculados à Lei de Cuidados Acessíveis gera incertezas para milhões de beneficiários. Até o momento, a Casa Branca não apresentou uma proposta legislativa definitiva para evitar que o custo seja repassado integralmente aos cidadãos.





































