O governo norte-americano alertou que agirá em breve por terra contra narcotraficantes da Venezuela. A declaração do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, na quinta-feira (27), elevou a tensão EUA Venezuela. Em resposta, o líder venezuelano, Nicolás Maduro, apelou ao estado de prontidão máxima da Força Aérea para defender o território nacional.
A declaração de Trump foi feita durante um telefonema a militares por ocasião do Dia de Ação de Graças. “Provavelmente já se aperceberam que as pessoas já não querem entregar [droga] por mar, e nós vamos começar a impedi-las por terra. Além disso, por terra é mais fácil, e isso vai começar muito em breve,” disse o líder republicano. Ele não forneceu detalhes sobre a natureza exata das ações terrestres.
Força Aérea Venezuelana em Alerta
O presidente Nicolás Maduro pediu aos integrantes da Força Aérea que se mantenham em “alerta, prontos e dispostos” a defender a soberania da nação. As declarações foram feitas na Base Aérea de Maracay, capital do estado de Aragua, durante o 105º aniversário de criação da Força Aérea. Na ocasião, as tropas realizaram um exercício simulado de interceptação de aeronaves e de tropas invasoras.
O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, criticou governos que “se prestam ao jogo imperialista para militarizar o Caribe”. Ele pediu que as nações vizinhas deixem de agir contra os sentimentos de seus povos.
Contexto de Militarização no Caribe
A ameaça de Trump se soma a ações recentes no Mar do Caribe e no Pacífico, onde forças norte-americanas já mataram mais de 80 pessoas e destruíram cerca de 20 embarcações ligadas ao narcotráfico, principalmente da Venezuela, desde 1º de setembro.
As operações contam com um destacamento militar naval e terrestre, incluindo o porta-aviões Gerald R. Ford, que transporta 4 mil soldados e 75 caças. Maduro considera este movimento uma tentativa direta de afastá-lo do poder.
Internamente, a Venezuela revogou na quinta-feira as licenças de várias companhias aéreas internacionais, incluindo TAP, Iberia e Gol, após a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) pedir “extrema cautela” no sobrevoo da Venezuela. A vice-presidente Delcy Rodríguez acusou a administração Trump de tentar isolar o país e pressionar companhias aéreas.










































