A China, maior importadora mundial de soja, não importou a commodity dos Estados Unidos pelo segundo mês consecutivo em outubro. A decisão ocorre em meio às tensões comerciais com Washington, levando os compradores chineses a buscarem outros mercados para garantir o abastecimento.
Dados da Administração Geral de Alfândega da China, divulgados nesta quinta-feira (20), mostraram que as importações de soja dos EUA caíram para zero em outubro. No ano anterior, no mesmo mês, as importações norte-americanas somaram 541.434 toneladas métricas. O declínio se deu após a China ter imposto altas tarifas sobre a soja dos EUA no início do ano.
Brasil e Argentina elevam participação
Em contrapartida à queda norte-americana, o Brasil registrou um forte aumento nas vendas para a China. As importações chinesas provenientes do Brasil no mês passado aumentaram 28,8% em relação a outubro do ano anterior, atingindo 7,12 milhões de toneladas.
Essa quantidade de soja brasileira representou 75,1% do total das importações chinesas da oleaginosa em outubro, segundo os dados da alfândega. Os embarques da Argentina também cresceram 15,4%, somando 1,57 milhão de toneladas, o que representa um sexto do total.
As importações totais de soja da China atingiram 9,48 milhões de toneladas métricas em outubro, um recorde histórico para o mês.
No acumulado de janeiro a outubro, o Brasil exportou 70,81 milhões de toneladas para a China, um aumento de 4,5% em relação ao ano anterior. Já a Argentina exportou 4,46 milhões de toneladas para o país asiático no período, um aumento de 23,9% ano a ano.








































