Após quatro anos e oito meses de reclusão no Centro de Orientação Feminina de Miraflores, em La Paz, Jeanine Áñez foi libertada esta semana. Ao deixar o presídio, empunhando uma bandeira boliviana, acenou para seus apoiadores. Em suas primeiras declarações, expressou: “Foram dias muito duros e dolorosos, que me ensinaram a força da resiliência. Essa experiência tão dolorosa, não apenas para mim, mas para meus filhos e minha família, que sofreram comigo este calvário por quase cinco anos, nessa prisão injusta onde fui tratada como uma delinquente, me fortaleceu. Permaneço de pé, a serviço da Bolívia.”
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Um carro preto esperava por ela, sendo imediatamente cercado pela multidão, alguns dos quais carregavam bíblias. Mesmo de dentro do veículo, a ex-presidente da Bolívia manteve o sorriso. Em um breve discurso, Áñez reafirmou aos seus apoiadores que não se arrepende de ter servido ao país.
Sua ascensão ao poder ocorreu em 2019, em meio a uma profunda crise política desencadeada pelas eleições que inicialmente deram a vitória a Evo Morales. A contestação dos resultados eleitorais gerou violentos protestos, culminando na renúncia de Morales e em um vácuo de poder.
Jeanine Áñez, então segunda vice-presidente do Senado pelo Beni, se autoproclamou presidência no Palácio Quemado nesse cenário de instabilidade. A libertação de Áñez foi possível graças à decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) de anular a sentença condenatória de dez anos que a considerava responsável pela crise de 2019 e ordenar sua imediata soltura. Com informações de CNN En Espanhol.








































