O Exército de Israel anunciou nesta quarta-feira (29) que está restabelecendo o cessar-fogo em Gaza, após uma série de ataques que, segundo as forças militares, atingiram “dezenas de alvos terroristas” em resposta a violações do Hamas.
Em comunicado, os militares israelenses informaram ter atacado “30 terroristas que ocupavam posições de comando em organizações” no território palestino. A nota afirma que Israel continuará a respeitar o acordo, mas que responderá com firmeza a qualquer violação.
Vítimas e origem dos ataques
Fontes médicas e da Defesa Civil do enclave disseram à agência de notícias EFE que pelo menos 91 palestinos morreram entre a tarde dessa terça-feira (28) e hoje. Entre as vítimas estão 24 crianças e sete mulheres.
A onda de ataques, que atingiu o norte e o sul da Faixa de Gaza, começou na tarde de terça-feira por ordem do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O premiê acusou o Hamas de violar o cessar-fogo que estava em vigor há mais de duas semanas. A decisão de Netanyahu ocorreu após uma reunião do Gabinete de Segurança.
O encontro de segurança foi convocado depois que o Hamas devolveu a Israel restos mortais de um refém. Após exames, os restos foram identificados como pertencentes a um prisioneiro cujo corpo já havia sido recuperado em 2023. O ministro israelense da Defesa acusou o Hamas de um ataque que matou um soldado e de violar os termos da devolução de corpos. O Hamas negou “qualquer ligação” com o ataque e insistiu no seu compromisso com o acordo.
Ataques e posição dos EUA
Os ataques israelenses foram realizados em resposta ao que foram consideradas violações do acordo de cessar-fogo, mediado pelos Estados Unidos (EUA). Nesta manhã, colunas de fumaça podiam ser vistas em várias partes do enclave.
A Defesa Civil adiantou que, na última madrugada, pelo menos 50 pessoas, incluindo 22 crianças, foram mortas nos ataques. Os bombardeios atingiram casas, escolas e blocos residenciais na Cidade de Gaza, Beit Lahia, Bureij, Nuseirat e Khan Younis.
Apesar da escalada de violência, o presidente norte-americano, Donald Trump, garantiu que “nada” poria em risco o acordo, que está em vigor desde 10 de outubro.









































