Uma pessoa morreu e pelo menos duas ficaram feridas após a explosão de um automóvel na cidade portuária de Guayaquil, no Equador. O incidente ocorreu nesta terça-feira (14), em frente a um edifício comercial pertencente à família do presidente equatoriano Daniel Noboa.
A vítima fatal foi um taxista que estava nas proximidades do edifício quando o veículo com caçamba explodiu em uma movimentada região da cidade, conforme relatou o major Jorge Montanero, do Corpo de Bombeiros de Guayaquil, à Ecuavisa. Montanero não confirmou se a bomba foi armada dentro do carro, mas destacou que “um carro normal não explode assim”.
Ato de terrorismo e violência do tráfico
O governador da província de Guayas, Humberto Plaza, cuja capital é Guayaquil, classificou a explosão como “terrorismo puro e simples” e prometeu que a polícia encontrará e processará os responsáveis.
A agência de segurança pública de Guayaquil informou que estava lidando com “a emergência causada pela detonação de artefatos explosivos”. O ataque ocorreu em uma cidade que se tornou um bastião de grupos ilegais e que vive uma escalada de violência ligada ao tráfico de drogas, com homicídios, extorsões e sequestros frequentes.
A explosão desta terça-feira ocorre após outros incidentes graves na cidade:
No domingo (12), seis pessoas foram mortas e 17 feridas em um ataque de grupo armado durante um jogo de futebol, atribuído pela polícia a uma disputa territorial do tráfico de drogas.
Também no domingo, cinco pessoas foram mortas em Playas, no Noroeste do país.
O Equador, que serve como rota do tráfico de cocaína para os Estados Unidos e a Europa, está mergulhado em uma crise de violência de gangues, muitas associadas a cartéis mexicanos, colombianos e albaneses.
Apesar da política de combate ao crime organizado do presidente Noboa, o país registrou mais de 4,6 mil homicídios nos primeiros seis meses deste ano, um aumento de 47% em comparação com o mesmo período de 2024.