O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (14) que está considerando encerrar alguns laços comerciais com a China, citando o óleo de cozinha como um dos alvos. A declaração reforça a escalada das tensões comerciais e ocorre dias após a imposição de novas tarifas americanas sobre produtos chineses.
Trump usou as mídias sociais para classificar a atitude chinesa de não comprar soja americana, causando dificuldades para os produtores dos EUA, como um “ato economicamente hostil”.
“Estamos considerando encerrar os negócios com a China relacionados ao óleo de cozinha e outros elementos do comércio, como retribuição”, escreveu Trump. Ele acrescentou que os EUA podem “facilmente produzir óleo de cozinha nós mesmos, não precisamos comprá-lo da China”.
Escalada da tensão e retaliações
A ameaça de Trump se soma a uma série de atritos recentes entre os dois países. Na semana passada, o presidente americano criticou a China por uma iniciativa de restringir a exportação de terras raras e, em seguida, anunciou a imposição de uma tarifa de 100% sobre produtos importados da China a partir de 1º de novembro.
Em resposta, a China acusou os Estados Unidos de terem “dois pesos e duas medidas” e defendeu a legitimidade de suas restrições à exportação de terras raras. O Ministério do Comércio chinês alegou que as medidas visam impedir o uso das terras raras na produção de artigos militares, em conformidade com as leis e obrigações internacionais de não proliferação, garantindo que o impacto nas cadeias de abastecimento seria “muito limitado”.