O Prêmio Nobel de Química deste ano foi concedido ao pesquisador Susumu Kitagawa (Japão), Richard Robson (Austrália) e Omar M. Yaghi (EUA). Os cientistas foram laureados “pelo desenvolvimento de estruturas metalorgânicas”, um feito anunciado nesta quarta-feira, 8 de outubro, pela Academia Real Sueca de Ciências em Estocolmo.
Novo espaço para a química e arquitetura molecular
O prêmio distingue a criação de um novo espaço para a química com o desenvolvimento de uma nova arquitetura molecular. O trabalho dos três pesquisadores envolve a construção de cristais com grandes cavidades internas.
Nessas estruturas, íons metálicos funcionam como pilares que são interligados por moléculas orgânicas longas. O resultado são espaços internos que funcionam como “quartos de hotel”, conforme a explicação de Heiner Linke, presidente do comitê.
Linke comparou a capacidade de armazenamento dessas moléculas a um objeto da ficção: “Uma pequena quantidade desse material pode ser quase como a mala da Hermione em Harry Potter. Pode armazenar enormes quantidades de gás num volume minúsculo”.
O comitê do Nobel destacou que as estruturas metalorgânicas “têm enorme potencial, com oportunidades antes imprevistas para materiais personalizados com novas funções”.
Outros prêmios Nobel anunciados
O anúncio do Nobel de Química segue a premiação de outras áreas:
Nobel de Física: Na terça-feira, 7 de outubro, o prêmio foi para os norte-americanos John Clarke, Michel Devoret e John Martinis. Eles foram reconhecidos pela “descoberta do efeito túnel quântico macroscópico e da quantização de energia num circuito elétrico”.
Nobel de Medicina: Na segunda-feira, 6 de outubro, os laureados foram os norte-americanos Mary Brunkow e Fred Ramsdell, além do japonês Shimon Sakaguchi, por “descobertas sobre a tolerância imunitária periférica”.