A Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu reimpor as sanções contra o Irã a partir deste sábado, 27 de setembro de 2025. O anúncio foi feito pela enviada do Reino Unido à ONU nesta sexta-feira, após uma tentativa de Rússia e China de adiar a medida fracassar no Conselho de Segurança. A reimposição das sanções eleva a tensão, com Teerã alertando que as nações ocidentais seriam responsáveis por quaisquer consequências.
Fracasso da diplomacia no Conselho de Segurança
A pressão exercida por Moscou e Pequim para adiar a volta das sanções ao Irã por um período de seis meses não obteve sucesso no Conselho de Segurança da ONU, que é composto por 15 membros. O projeto de resolução russo-chinês recebeu apoio de apenas quatro países.
A embaixadora do Reino Unido na ONU, Barbara Wood, justificou a decisão. Ela afirmou que o Conselho não tinha a garantia de um caminho diplomático rápido e claro. “Este conselho cumpriu as etapas necessárias do processo de snapback estabelecido na resolução 2231”, disse Wood, confirmando que as sanções de proliferação serão restauradas.
Posicionamento do Irã
O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, declarou que o Irã não tem intenção de se retirar do Tratado de Não Proliferação (TNP) em reação ao retorno das sanções da ONU. Pezeshkian assegurou que o país jamais buscará armas nucleares e que está totalmente preparado para ser transparente a respeito do seu urânio altamente enriquecido.
As sanções completas da ONU devem ser restauradas às 20h (horário de Nova York). A decisão acontece após as potências europeias — Reino Unido, França e Alemanha (conhecidas como E3) — acionarem um processo de 30 dias. O grupo acusa Teerã de violar o acordo de 2015 que visava impedir o desenvolvimento de uma arma nuclear. O Irã, contudo, nega tal busca.
O vice-embaixador da Rússia na ONU criticou abertamente as potências ocidentais, acusando-as de terem enterrado o caminho diplomático.