Neste domingo (21), os primeiros-ministros de Canadá, Reino Unido e Austrália formalizaram o reconhecimento do Estado da Palestina. As declarações, divulgadas nas redes sociais, foram feitas na véspera da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Os líderes condenaram as ações de Israel em Gaza, que resultaram em milhares de mortes de civis, mas também responsabilizaram o Hamas pelo ataque de 7 de outubro de 2023, reforçando que o grupo não deve participar do futuro Estado palestino.
O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, criticou a expansão de assentamentos israelenses na Cisjordânia, considerando-a ilegal. Ele também mencionou a crise humanitária em Gaza, causada pelo impedimento da entrada de ajuda. Para o premiê do Reino Unido, Keir Starmer, o reconhecimento busca “manter viva a possibilidade de paz e de uma solução de dois Estados”, com Israel seguro e um Estado Palestino viável. Já o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, destacou que a decisão faz parte de um esforço internacional para construir um novo momento de paz.
As declarações dos três países ocorrem em meio a discussões globais sobre a questão da Palestina. Nesta segunda-feira (22), em Nova York, a França e a Arábia Saudita promoverão uma conferência de alto nível para discutir a solução de dois Estados. Em maio de 2024, Espanha, Noruega e Irlanda também haviam reconhecido o Estado palestino, enquanto o Brasil já havia tomado essa posição em 2010.