O número de mortos no terremoto que atingiu o Afeganistão no domingo (31) subiu para 2.205, o que o torna o sismo mais letal da história do país. O balanço, divulgado pelas autoridades talibãs, também atualizou o número de feridos para quase 4 mil pessoas e de casas destruídas para mais de 7 mil.
Quase todas as vítimas fatais são de aldeias montanhosas da província de Kunar, onde os deslizamentos de terra e quedas de rochas continuam a dificultar os trabalhos de resgate. O governo afegão admitiu que o número de mortos pode aumentar, já que “centenas de corpos foram encontrados em casas destruídas” durante as operações de busca.
Abalo sísmico e dificuldades no socorro
O terremoto inicial foi de magnitude 6.0 na escala Richter e foi seguido por seis outros abalos, com pelo menos dois de magnitude 5.2. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que as chances de encontrar sobreviventes estão diminuindo rapidamente e que a chuva agrava a situação.
A catástrofe atinge um país já fragilizado por quatro décadas de guerra, uma grave crise econômica e sanções internacionais. As autoridades talibãs reconheceram que não conseguirão lidar com a situação sozinhas. A OMS lançou um apelo por US$ 4 milhões para fazer frente às “imensas necessidades”, enquanto a ONU já liberou US$ 5 milhões.
Apesar da ajuda, a ONU e outras organizações alertaram sobre as dificuldades em fornecer mais apoio, já que foram obrigadas a reduzir a assistência humanitária aos afegãos devido a cortes na ajuda internacional no início do ano.