O governo da Venezuela acusou os Estados Unidos de usar inteligência artificial (IA) em um vídeo de um ataque militar a um barco no Caribe. Segundo o governo venezuelano, o vídeo, que foi usado pelo presidente americano Donald Trump e pelo secretário de Estado Marco Rubio como prova de uma operação militar, seria uma montagem. O ministro da Comunicação e Informação venezuelano, Freddy Ñáñez, classificou a ação como uma mentira para justificar ações contra o país.
Uma análise técnica feita pela plataforma de IA Gemini concluiu que o vídeo provavelmente foi gerado por um sistema de inteligência artificial. O relatório aponta que a explosão do navio parece uma “animação simplificada, quase de desenho animado, do que a uma representação realista” e que a água parece “estilizada e pouco natural”.
Análise e Contexto da Acusação
A acusação de Caracas coloca o incidente no centro de um debate global: o uso de deepfakes para desestabilizar relações entre países. O vídeo, compartilhado por Trump em sua plataforma, mostra a explosão de uma lancha no mar. Ele afirmou que a embarcação transportava drogas e que a tripulação seria da gangue venezuelana Tren de Aragua.
A decisão de explodir um barco, em vez de apreendê-lo, é considerada incomum e levantou suspeitas. O Departamento de Estado dos EUA não se manifestou oficialmente para confirmar a autenticidade da filmagem ou rebater as acusações. Se a afirmação da Venezuela for verdadeira, a situação marcaria um precedente perigoso, onde provas falsificadas poderiam ser usadas para justificar ações militares.