O número de vítimas fatais dos ataques russos contra a capital ucraniana, Kiev, subiu para 17. O novo balanço, divulgado pelas autoridades da Ucrânia, confirma que entre os mortos estão quatro crianças. Além disso, os bombardeios, considerados um dos maiores desde o início do conflito, deixaram quase 50 feridos.
Os ataques noturnos, que utilizaram mísseis e drones, causaram danos significativos. Cerca de uma centena de edifícios foram atingidos, incluindo as instalações da União Europeia (UE) e do British Council.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reagiu de forma contundente. Ele acusou Moscou de “continuar a matar” em vez de buscar um acordo de paz. As declarações surgem em um momento em que as iniciativas diplomáticas para um cessar-fogo, lideradas pelo presidente norte-americano Donald Trump, aceleraram, mas ainda sem resultados concretos.
Reações e contexto do conflito
A Rússia, por sua vez, rejeitou as críticas da UE e garantiu que continuará a atacar a Ucrânia até que seus objetivos sejam alcançados. Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, as Forças Armadas russas estão “cumprindo a missão” e atacando apenas “alvos militares e paramilitares”.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou veementemente os ataques e reiterou seu apelo por um cessar-fogo imediato.
A ofensiva militar russa, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, é vista como a crise de segurança mais grave na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.