A Espanha enfrenta 14 incêndios ativos que já forçaram a retirada de mais de 700 pessoas e o confinamento de outras mil. Segundo a diretora-geral da Proteção Civil espanhola, Virginia Barcones, o combate é lento, mas tem sido favorável na maior parte dos focos.
A situação mais preocupante se concentra em Castela e Leão, na fronteira com Portugal. A região tem 10 incêndios ativos, com 711 pessoas desalojadas e 1.060 moradores confinados.
Além de Castela e Leão, os focos também persistem em Astúrias, com três incêndios, e na Galiza, com um. A diretora da Proteção Civil afirmou que a situação na Galiza tem melhorado, enquanto nas Astúrias a melhoria é mais ligeira.
Barcones alertou para a possibilidade de novos focos e para a reativação dos incêndios já combatidos. Ela disse que os últimos dias foram marcados por “terríveis incêndios com evolução muito agressiva e muito complexa”. A previsão, no entanto, é de que o clima comece a melhorar a partir desta terça-feira (26).
O ano de 2025 já é um recorde na história dos incêndios florestais na Espanha. Dados ainda provisórios do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS) indicam que cerca de 400 mil hectares foram queimados.
Nos incêndios deste ano, quatro pessoas morreram, e em agosto, 34.770 foram temporariamente desalojadas. A Espanha ativou o mecanismo europeu de proteção civil em 11 de agosto e recebeu o maior dispositivo de ajuda internacional desde 1975, com equipes de bombeiros e meios aéreos e terrestres de nove países da União Europeia, além de Andorra e Portugal.