A Rússia anunciou, nesta segunda-feira (25), a destruição de 21 drones ucranianos que, segundo Moscou, faziam parte de uma grande ofensiva lançada no domingo (24), dia em que a Ucrânia celebrou 34 anos de independência. Os ataques teriam atingido dezenas de regiões russas, incluindo a área de Moscou e uma central nuclear em Kursk, a cerca de 60 quilômetros da fronteira ucraniana.
O Ministério da Defesa russo informou que a investida ucraniana provocou um incêndio em um transformador auxiliar na central nuclear de Kursk. O incidente causou uma redução de 50% na capacidade de um reator. As autoridades russas, no entanto, asseguraram que o fogo foi controlado rapidamente, sem feridos, e que os níveis de radiação se mantiveram dentro da normalidade.
Em resposta, a Força Aérea ucraniana declarou que a Rússia disparou 72 drones e um míssil de cruzeiro contra o território da Ucrânia na madrugada de domingo. Um desses ataques resultou na morte de uma mulher de 47 anos na região de Dnipropetrovsk, destacando o custo humano da escalada.
Em discurso no mesmo dia, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky prometeu retaliar e levar a guerra de volta à Rússia. “A cada dia, estamos trazendo, cada vez mais, esta guerra de volta para onde ela veio: para o céu russo e para a terra russa”, afirmou. Zelensky enfatizou que a Ucrânia está lutando e não é uma vítima, e prometeu “empurrar a Rússia para a paz”, apesar de Moscou ter rejeitado uma reunião imediata entre os presidentes.
A intensificação dos ataques de drones por ambos os lados no dia da independência ucraniana ressalta a complexidade e a continuidade do conflito, que já dura mais de um ano. A postura dos líderes, especialmente a de Zelensky, indica que a guerra de atrito deve continuar, com a Ucrânia buscando levar a batalha para o território inimigo como forma de pressão.