A Flotilha da Liberdade, uma iniciativa global, se prepara para uma nova missão de levar ajuda humanitária a Gaza, uma área com o acesso severamente restrito por Israel. O território palestino sofre com a escassez de alimentos, situação classificada oficialmente como fome pela Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC). A primeira embarcação partirá de Barcelona em 31 de agosto, e outras se juntarão à missão em Túnis, na Tunísia, em 4 de setembro.
Segundo as organizações Freedom Flotilla Brasil e Global Movement to Gaza Brasil, entre 8 e 15 ativistas brasileiros participarão da jornada, ao lado de ativistas de 40 países. Em nota conjunta, as entidades expressaram solidariedade ao povo palestino, que, em suas palavras, enfrenta um “genocídio amplamente televisionado”. O objetivo principal da ação é estabelecer um corredor humanitário para a entrega de comida, água e medicamentos, além de “romper, de maneira não violenta, o cerco ilegal” imposto à região.
As organizações ressaltam que a missão tem garantias legais, citando resoluções da Corte Internacional de Justiça e do Conselho de Segurança da ONU, além de leis marítimas internacionais. Em uma missão anterior, em junho, uma embarcação da Flotilha da Liberdade foi interceptada por Israel em águas internacionais, e 12 tripulantes, incluindo o brasileiro Thiago Ávila, foram detidos. O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) classificou a ação como crime de guerra.