A Espanha continua a combater 21 focos de incêndio, cinco deles em estado “muito complexo”, mas o cenário de combate é mais favorável. A melhora na situação ocorre com a queda das temperaturas nas últimas 24 horas, segundo a Defesa Civil do país. A diretora da Defesa Civil nacional, Virginia Barcones, afirmou que o número de incêndios se mantém estável, mas a guarda não deve ser baixada.
Entre os focos mais graves, cinco são considerados mais complexos, pois não estão evoluindo favoravelmente. Eles estão localizados na Galiza (Ourense), na Extremadura (Cáceres) e em Castela e Leão (Leão e Zamora). A Espanha tem enfrentado grandes incêndios no Noroeste e Oeste do país, nas regiões que fazem fronteira com Portugal.
Recorde anual de área queimada
O cenário é preocupante em termos de área total queimada em 2025. O fogo consumiu quase 400 mil hectares no país, um recorde anual. Desse total, 340 mil hectares foram queimados somente no mês de agosto, de acordo com dados provisórios do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS).
A coordenação para combater os incêndios é de responsabilidade dos governos regionais, que podem solicitar auxílio ao governo central. Nas últimas 24 horas, o número de pedidos de ajuda das regiões afetadas diminuiu. A Espanha também recebeu apoio de sete países da União Europeia, na maior mobilização de ajuda internacional para o país desde 1975.
A agência nacional de meteorologia da Espanha (Aemet) prevê que as temperaturas continuarão baixas, o que contribuirá para controlar os incêndios. A onda de calor que atingiu o país entre 3 e 18 de agosto foi a terceira mais longa da história e resultou na morte de cerca de 1.150 pessoas.