O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reúnem nesta sexta-feira (15) em uma base militar no Alasca. O foco do encontro é o esforço de Trump para conseguir um acordo de cessar-fogo na Ucrânia, além da oferta de última hora de Putin sobre um possível acordo nuclear.
Esta é a primeira conversa presencial entre os dois líderes desde o retorno de Trump à Casa Branca. A reunião acontece em meio à guerra na Ucrânia, que já dura três anos e meio e se tornou o maior conflito terrestre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, não foi convidado para a cúpula. Há temores entre seus aliados de que Trump possa pressionar Kiev a fazer concessões territoriais para encerrar a guerra.
Trump busca um acordo para reforçar sua imagem de pacificador global, com a intenção de ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Já para Putin, a reunião é vista como uma vitória diplomática, demonstrando que a Rússia não está mais isolada no cenário internacional.
Negociações e o acordo nuclear
Um dia antes da cúpula, Putin trouxe à tona a perspectiva de um novo acordo de controle de armas nucleares, sabendo que este é um tema de interesse de Trump. O último tratado existente está programado para expirar em fevereiro do próximo ano.
Fontes próximas ao Kremlin indicaram que Moscou pode estar disposta a negociar a trégua na Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que a posição do país não será revelada de antemão.
A Ucrânia e seus parceiros europeus se sentiram encorajados por uma conversa recente, na qual Trump teria concordado que Kiev deveria participar de qualquer discussão sobre a cessão de terras. Putin, por sua vez, precisa que Trump ajude a aliviar as sanções ocidentais que afetam a economia russa.
A cúpula está programada para começar às 11h, horário do Alasca, o que corresponde às 16h no horário de Brasília.