Os militares da Guarda Nacional dos Estados Unidos enviados por Donald Trump começaram a chegar às ruas de Washington DC. O presidente justificou a ação com uma suposta onda de crimes violentos na capital, mas a prefeita da cidade, a democrata Muriel Bowser, denuncia um “impulso autoritário”. Serão mobilizados 800 soldados da Guarda Nacional e 500 agentes federais.
Sob o lema “tornar DC segura outra vez”, Trump anunciou na segunda-feira (11) a mobilização das tropas por um período de 30 dias.
Alegações de crime são contestadas por dados oficiais
O presidente justificou a decisão com o “crime, selvajaria, sujidade” e com as “mortes impiedosas de pessoas inocentes” que, segundo ele, existem na cidade. No entanto, a prefeita Muriel Bowser negou que o crime esteja fora de controle. A chefe do executivo local ressaltou que a Guarda Nacional não tem poder para prender pessoas.
Segundo dados oficiais da Polícia Metropolitana de Washington DC, a taxa de crimes violentos na capital está em seu nível mais baixo em 30 anos. Dados do FBI também indicam uma queda de 9% na criminalidade da cidade desde o ano passado, apesar de estudos sugerirem que a taxa de homicídios em Washington é mais alta que em outras grandes cidades americanas.
Detalhes da mobilização e ação policial
Veículos blindados da Guarda Nacional já foram avistados em áreas centrais e turísticas da cidade na terça-feira (12), com o restante das tropas esperado nos próximos dias. Diferentemente dos estados, onde a Guarda Nacional responde ao governador, em Washington a força responde diretamente ao presidente.
Em um anúncio sobre a Guarda Nacional em Washington DC, a secretária de imprensa da Casa Branca informou que 850 policiais também foram enviados. Esta madrugada resultou em 23 detenções por homicídio, tráfico de drogas e outras infrações. “Este é apenas o início”, garantiu a secretária, prometendo uma perseguição “implacável” a criminosos no próximo mês.