A União Europeia e a Organização das Nações Unidas (ONU) condenaram o assassinato de jornalistas na Faixa de Gaza. O ataque aéreo de Israel, que resultou na morte de seis profissionais de comunicação, gerou pedidos de uma investigação imparcial. A alta representante da UE, Kaja Kallas, questionou a versão israelense de que as vítimas seriam terroristas, enquanto o secretário-geral da ONU, António Guterres, cobrou clareza e proteção à imprensa. A situação destaca os riscos enfrentados por jornalistas que cobrem o conflito na região.
UE Exige Provas e Mais Ajuda Humanitária
Nesta segunda-feira (11), a União Europeia, por meio de sua alta representante para Negócios Estrangeiros, condenou o ataque que vitimou cinco jornalistas da Al Jazeera em frente ao Hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza. Kaja Kallas tomou nota das alegações de Israel de que o correspondente Anas al-Sharif liderava uma “célula terrorista”, mas enfatizou a necessidade de provas claras para evitar que jornalistas sejam alvos. A UE também reforçou o apelo para que Israel permita a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza, dada a urgência das necessidades locais.
ONU Pede Investigação Independente sobre Mortes
O secretário-geral da ONU, António Guterres, se pronunciou sobre o caso e pediu uma investigação independente e imparcial. Segundo o porta-voz Stéphane Dujarric, as mortes “destacam os riscos extremos” que jornalistas enfrentam. Desde o início da guerra, em outubro de 2023, pelo menos 242 jornalistas foram mortos na Faixa de Gaza. Guterres ressaltou que os profissionais de comunicação devem ser respeitados e protegidos, tendo a liberdade de realizar seu trabalho.
Contexto da Guerra em Gaza
A ofensiva israelense em Gaza começou em 7 de outubro de 2023, após ataques do grupo Hamas no sul de Israel, que resultaram na morte de cerca de 1,2 mil pessoas. A operação militar de Israel já causou mais de 61 mil mortos, destruiu infraestruturas e forçou o deslocamento de centenas de milhares de pessoas na região. O cenário de conflito permanece tenso e com graves consequências humanitárias.