O WindRunner, um projeto da empresa Radia, está sendo chamado de maior avião do mundo mesmo antes de ser construído. A aeronave é a solução proposta por Mark Lundstrom, fundador e engenheiro aeroespacial, para resolver um grande problema na indústria de energia eólica em terra. O objetivo é permitir o transporte de pás de turbinas maiores, que podem ter 100 metros ou mais de comprimento, para locais remotos.
Atualmente, o tamanho das pás em terra é limitado a cerca de 70 metros devido à dificuldade de transporte. O WindRunner foi projetado para facilitar essa logística, o que, segundo Lundstrom, poderia dobrar ou triplicar a área economicamente viável para parques eólicos onshore. A empresa já arrecadou mais de US$ 150 milhões e conta com consultores renomados para viabilizar a construção do avião.
Design Inovador e Desafios
O WindRunner avião maior do mundo é projetado para ter 108 metros de comprimento e 80 metros de envergadura. A aeronave terá uma asa reta e grande para decolar e pousar em pistas relativamente curtas e semipreparadas. Ele poderá transportar três pás de turbina de 80 metros ou uma de 105 metros. No entanto, o alcance de voo de 2.000 quilômetros restringe sua operação a voos dentro da América do Norte, Europa ou América do Sul.
Analistas do setor, como Chris Pocock, expressam ceticismo quanto à viabilidade do projeto e à falta de alcance transatlântico. A Radia, que nunca construiu um avião, pretende reutilizar componentes e sistemas já existentes para minimizar custos. A empresa não planeja construir um protótipo tradicional, mas sim usar ferramentas de design digital para ir direto à fase de construção de aeronaves de teste.
Apesar das críticas, a Radia conseguiu financiamento e tem interesse do Departamento de Defesa dos EUA em estudar o uso do WindRunner para cargas militares. A empresa espera que o primeiro voo ocorra até o final da década.