A sede das Nações Unidas em Nova York iniciou nesta segunda-feira, 28 de julho de 2025, uma conferência internacional focada na questão palestina. O objetivo principal do encontro, que vai até terça-feira (29), é relançar a solução de dois Estados, envolvendo a Palestina e Israel. O evento, copresidido pela França e Arábia Saudita, havia sido adiado devido à guerra entre Israel e o Irã.
Reconhecimento do Estado da Palestina
Poucos dias antes da reunião, o presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que a França reconhecerá o Estado da Palestina em setembro, durante a Assembleia-Geral da ONU. Este movimento se alinha a um número crescente de nações que já reconhecem o Estado palestino.
Atualmente, pelo menos 142 dos 193 países-membros da ONU reconhecem o Estado palestino, de acordo com a agência France-Presse. Dentro da União Europeia, cinco dos 27 membros já fizeram esse reconhecimento: Espanha, Irlanda, Noruega, Eslovênia e Suécia. Portugal está presente na conferência, representado pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
Crise humanitária em Gaza
O encontro da ONU acontece em um momento crítico, com diversos países e organizações internacionais, incluindo a própria ONU, alertando para uma catástrofe humanitária na Faixa de Gaza. Há relatos de fome generalizada na região.
Desde o início da ofensiva israelense em outubro de 2023, mais de 120 pessoas, incluindo várias crianças, morreram em Gaza devido à fome ou desnutrição. A conferência busca uma solução política em meio a esse cenário de urgência humanitária.