O foguete Starship, da SpaceX, empresa aeroespacial do magnata Elon Musk, sofreu “rápida desmontagem não programada”, cerca de uma hora após a decolagem do Texas, no sul dos Estados Unidos, no nono voo de teste. O aparelho partiu-se e caiu no Oceano Índico depois de perder combustível.
“Como se o voo não fosse suficientemente emocionante, a Starship sofreu rápida desmontagem não programada. As equipes vão continuar a analisar os dados e a trabalhar para o nosso próximo teste de voo”, disse a empresa na rede social X.
O “sucesso é o resultado da aprendizagem” e o teste vai ajudar a “melhorar a confiabilidade” do foguete, acrescentou.
O Starship, desenvolvido pela SpaceX e considerado o maior já construído, foi lançado no Texas nessa terça-feira (27) para novo voo de teste.
Concebido para ir à Lua e a Marte, o Starship foi lançado pouco depois das 18h35 locais, depois de duas tentativas anteriores, no início deste ano, terem terminado com explosões.
Com 123 metros de altura, o equivalente a um edifício de 40 andares, o Starship é o maior veículo de transporte espacial desenvolvido até agora.
Elon Musk
O dono da SpaceX tem vendido a ideia de que, com a Starship, a humanidade poderá “colonizar” Marte, um planeta no qual apenas 18 missões espaciais aterrissaram, todas elas não tripuladas.
Em entrevista ao Ars Technica antes do lançamento, Musk mostrou-se confiante de que tinha resolvido os problemas dos dois últimos voos e disse que “o mais importante são os dados para melhorar o design das placas” das próximas naves espaciais.
A Administração Federal de Aviação (FAA) afirmou ter conhecimento de uma “anomalia” na missão e disse que estava cooperando com a SpaceX, excluindo a possibilidade de danos pessoais ou materiais resultantes da falha e desintegração do foguete.
Na semana passada, a FAA deu luz verde à SpaceX para aumentar o número de voos de teste para 25 por ano, apesar das críticas de grupos ambientalistas.